segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A Pesca esportiva e sua história ......


Tanto a caça, como a pesca são práticas que acompanham o homem desde a sua origem. Achados históricos mostram que, mesmo antes de se desenvolver armas “trabalhadas”, ou desenvolver técnicas apuradas de caça e de pesca, essas práticas já eram frequentes e até necessárias. No princípio, a caça e a pesca eram coisas imprescindível para sobrevivência: era, junto à colheita de frutas, a única forma de se obter alimento.  Mais tarde, ganhou outros significados, como, por exemplo, o ritual para a passagem da fase da adolescência de meninos para a fase adulta de meninos de alguns povos. Nos dias atuais, não é mais uma forma de sobrevivência, mas a caça, assim como a pesca, ainda existem em ramos como o esportivo e por lazer.

    Começando pela história da pesca: o homem sempre precisou estar perto da água para sobrevivência. Locais perto de rios eram os lugares de abrigo desde da época pré-histórica. O homem ainda não tinha conhecimentos sobre agricultura e nem estratégias para capturar animais terrestres. Então, a pesca era praticamente a única forma de alimentação animal. Alguns achados de cascas de ostras e de mexilhões sugerem que, mesmo antes da pesca com equipamentos, o homem colhia moluscos para alimentação.

    Segundo cientistas, o período paleolítico (2,5 milhões a.C. até 10.000 a.C.), chamado também de Idade da Pedra Lascada, foi o período histórico que pôde ser considerado o início da sofisticação dessas práticas. Como o próprio nome diz, foi a época em que se acharam a primeiras ferramentas “esculpidas” dos homens. Pedras eram batidas em outras, repetitivamente, até criarem pontas ou outros formatos desejados. Daí, nasceram as lanças e, mais tarde, as flechas, primeiras armas trabalhadas dos homens na caça. Antes disso,  eram usadas pedras e ossos como instrumentos de caça e pesca. Logicamente, com essa nova tecnologia das armas, foi possível que a caça e a pesca fossem mais efetivas, podendo capturar animais maiores e com menos risco para os humanos durante a caça.

    Além desses novos instrumentos de caça, outro evento foi muito importante para o desenvolvimento dessa técnica: a descoberta de manejar o fogo. Os cientistas afirmam que, devido às baixas temperaturas da terra, obrigavam os homens a se abrigar em cavernas. Com o aprendizado de manipulação do fogo, a qualidade de vida cresceu de forma providencial. Além de terem a possibilidade de se esquentar no frio, deu a possibilidade de começar a consumir animais (peixes e caças terrestres) e vegetais cozidos.

    O anzol, instrumento usado até hoje na pesca, veio a ser inventado já no fim da Pré-História, juntamente com as  primeiras redes de pesca. Da invenção do anzol para frente, a pesca só iria crescer. Prova disso é que um dos maiores impérios do mundo, o império Romano, é uma fase da história em que a pesca teve um grande salto de popularidade. Se antes a pesca era feita somente por escravos e somente nos lagos, agora o homem iria para o mar, buscar peixes suficientes para abastecer um consumo que só crescia. Nesse período ainda houve o surgimento do Cristianismo, o que resultaria na visão de que o peixe e os alimentos vindos do mar seriam alimentos nobres, o que por sua vez, consolidou a pesca marítima como forma de sobrevivência, tanto para consumo próprio, como forma de emprego.

    A evolução da pescaria fez com que outros pontos relativos a isso se sofisticassem também. No Império Romano, foi desenvolvida a técnica de conservar peixes em azeite, sendo que a forma dessa conservação era, até então somente com sal. A divisão do que seriam os peixes mais nobres também já estava sendo feita: as classes mais altas consumiam salmão, lagosta e os pescados mais finos, enquanto outras classes consumiam atum salgado e peixes mais simples. No século IV, monges começaram a produzir redes próprias para a pesca marítima, ou seja,  com capacidade bem maior do que as redes geralmente usadas.
 
Contar a história da relação do homem com os peixes é tão antigo quanto à própria existência do ser humano.

Povos primitivos, sem ainda terem desenvolvido formas tradicionais de cultivo da terra e criação de animais, praticamente dependiam da pesca para se alimentarem. Vários objetos eram utilizados para a captura de peixes, contudo, um outro objeto surgia, sendo este o principal para a prática da pesca.
Tudo começa a partir da existência do anzol, que segundo arqueólogos, vem desde o período Paleolítico, quando estes tinham pontas afiadas e um formato de esquírolas (fragmento de ossos).

Já no período Neolítico, o anzol (foto acima) tinha o mesmo formato que os anzóis atuais, porém, eram feitos de ossos, madeira ou de conchas de mariscos.
Com o passar dos séculos, após o descobrimento do ferro, surgia o anzol forjados em aço (foto acima), por volta do século XIV, quando em Londres, instalou-se uma manufatura de agulhas de cozer e também se dedicaram a fabricação do anzol de pesca.
O desenvolvimento da pesca sempre acompanhou a trajetória de seu principal artefato, o anzol. Junto, as linhas de pesca, antes feitas de fibras vegetais ou animais, foram sendo aperfeiçoadas por metais de várias linhagens ou então de materiais sintéticos que hoje são super resistentes.
Por volta do século XVII, uma freira chamada Juliana Berners (foto acima), teria sido, segundo historiadores, a pessoa que primeiro definiu os princípios da verdadeira pesca esportiva, quando incitou pescadores a usarem equipamentos leves, adequados e iscas artificiais, através de seu livro Book os Saint Albans (O livro de Santo Albano).
Por volta de 1600, os ingleses adotaram a pesca esportiva por vários entusiastas londrinos que praticavam o esporte, até então uma novidade, à beira do rio Tâmisa.

Pouco depois, em 1653, Izaak Walton (foto acima), com seu livro The Complete Angler (O Pescador Esportivo Completo), dedicava seu tema dando uma ampliação no esporte. Este livro contribuiu para o crescimento da pesca esportiva e muitos ingleses começaram a pescar trutas, salmões e percas nos rios da Inglaterra com varas leves, linhas finas, anzóis pequenos e iscas artificiais.

A pesca no seu caráter tipicamente esportivo surgiu, portanto, na Inglaterra, por volta do século XVIII, após estes acontecimentos.


A invenção do molinete
No final do século XIX, o norte-americano George Snyder deu um novo impulso para a pesca em geral e que influenciou muito na pesca esportiva. Graças a ele, surgia o molinete multiplicador.

Antes, os molinetes eram de madeira, e não passavam de um simples carretel. Com o molinete inventado por Snyder, possibilitou que o pescador conseguisse maior extensão de linha. Estes novos equipamentos de metal aumentaram consideravelmente a capacidade de armazenamento de linha e agilizavam o seu recolhimento, uma vez que, uma volta na manivela equivalia a três voltas do tambor.


A introdução da Pesca Esportiva no mar e as inovações
Até agora ficamos sabendo que os primeiros a pescarem desportivamente, foram os ingleses, porém, agora veremos que quem tomou a iniciativa da pesca no mar, foram os norte-americanos, assim como as mais diversas técnicas da pesca esportiva que hoje são colocadas em prática.

Quando este esporte passou a ser aplicado em águas salgadas, muitas modalidades foram criadas em busca da captura de grandes peixes como o atum, albacoras, peixes de bico ou tarpons. Isto tudo exigiu que os molinetes daquela época contivessem um dispositivo de freadas mais aperfeiçoados do que o simples pedaço de couro que era usado para comprimir a linha com o dedo polegar sendo colocado em risco.

Graças ao engenheiro Willian Boschen, foi criado o freio de fricção, o que permitiu, de fato, a captura de grandes peixes.
Assim como a pesca industrial conseguiu fazer bom uso com as inovações, a pesca esportiva não ficou para trás.

A carretilha (foto acima), outro instrumento para armazenar e recolher linhas, foi utilizada pela primeira vez para a pesca profissional de alto mar. Um pouco mais adiante, este instrumento conquistou alguns amadores da pesca ocasionando a divisão entre os que preferiam o molinete e a carretilha. Atualmente, temos os pescadores que utilizam apenas molinetes para pescar e outros preferem a carretilha. O importante é que tanto um quanto outro proporciona o mesmo prazer de “pescar por pescar”.


A denominação de Pesca Esportiva
A pesca esportiva ganhou esta denominação por se tratar do ato de pescar por hobby, lazer e esporte. O pescador não tem o seu sustendo dependente da pesca. É simplesmente “pescar por pescar”, como citei acima.

Depois de tantas invenções e inovações, hoje em todo o mundo, a pesca esportiva é muito praticada e vem crescendo cada vez mais. Competições nacionais e internacionais são realizadas todos os anos com as mais diversas modalidades tanto em rios quanto em mares e sempre com um cuidado: ser apenas uma modalidade esportiva, com a utilização de equipamentos corretos e sem jamais prejudicar a vida dos peixes.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Como surgiu o caiaque.....

Os Inuits (em inglês) e as tribos das Aleutas, na região Artica (em inglês) da América do Norte, foram os primeiros povos a construir e a usar caiaques. No início, existiam dois tipos básicos de caiaques: um construído de madeira leve e o outro composto por peles de animais revestindo uma estrutura de ossos de baleia. Os membros das tribos usavam gordura de baleia para impermeabilizar as embarcações. Para melhorar a flutuação, eles enchiam bexigas (de focas) de ar e as encaixavam nas seções da popa e da proa.

Inuit and kayak
Flip Nicklin/Getty Images
Os inuits preservam a tradição de fazer barcos de pele de foca

Além das versões individuais, semelhantes aos caiaques modernos, eles também usavam os umiaqs, caiaques maiores que conseguiam transportar famílias inteiras e suas posses. Alguns dos umiaqs atingiam comprimento de 18 metros. Os caiaques menores eram usados primordialmente para a caça. A palavra caiaque quer dizer "bote de caçador". Os caiaques eram ideais para a caça porque eram furtivos. Os inuits podiam se aproximar de animais desprevenidos, na costa ou na água

Os caiaques chegaram à europa (em inglês) na primeira metade do século 19, em forma de botes com laterais flexíveis, e franceses e alemães logo começaram a usá-los para fins esportivos. Os caiaques também mantiveram seus usos práticos - os exploradores do Polo norte e do Pólo Sul os levavam consigo em suas expedições. Em 1931, um homem chamado Adolf Anderle foi a primeira pessoa a descer de caiaque as corredeiras de Salzachofen. Essa aventura pode ter sido a precursora da moderna prática do caiaque em águas brancas. A Escala Internacional de Dificuldade Fluvial (em inglês) foi estabelecida não muito depois, para classificar o grau de perigo de uma determinada corredeira - e o mesmo sistema continua em uso atualmente.

Extreme kayaker
Darryl Leniuk/Getty Images
O que você acha que os inuits diriam sobre isso?

Em 1936, em Berlim (em inglês), as Olimpíadas passaram a incluir competições de caiaque. Os Estados Unidos (em inglês) aderiram ao esporte quase na mesma época, quando as mulheres também começaram a competir - dois anos depois da Olimpíada, Genevieve de Colmont se tornou a primeira mulher a descer os rios Green e Colorado em caiaque. Os caiaques "rígidos", de fibra de vidro, surgiram nos anos 50 e se tornaram o padrão da categoria até que o plástico polietileno passasse a ser usado, nos anos 80. Até a década de 70, o caiaque era um esporte com número modesto de adeptos nos EUA. Naquela década, sua prática ganhou popularidade. Agora, os jogos olímpicos oferecem mais de 10 provas diferentes de caiaque.
Para mais informações sobre aventuras ao ar livre, reme até a próxima página.

Parques de caiaque

Os planejadores de parques para a prática do caiaque geralmente utilizam um rio existente para formar corredeiras usadas em treinamento, competição e recreação. A cidade de Reno (em inglês), Nevada, construiu um parque de caiaques no coração de um bairro decadente em sua área central. O parque ajudou a revitalizar a área, com mais de 40 bares e restaurantes inaugurados desde que ele foi construído. A cada ano, o Festival Fluvial de Reno atrai entusiastas do caiaque de todo o mundo, o que ajuda a estimular a economia do centro da cidade. Em 2006, entre 70 e 80 mil pessoas participaram do festival, injetando US$ 3,8 milhões na economia local. E Reno é apenas uma das cidades que exploram essa fonte de receita - no momento, existem mais de 40 parques de caiaques em operação nos Estados Unidos.
Além de estimularem a economia local, alguns dos parques podem ser utilizados como foco para o desenvolvimento de comunidades, como acontece com as pistas de golfe. Um parque em Charlotte(em inglês), Carolina do Norte, oferece casas ao preço médio de US$ 250 mil. Um parque que se destaca dos demais é o Adventure Sports Center International (ASCI), em Maryland (em inglês). O parque de 200 hectares foi o primeiro a ser construído sem que houvesse um rio no local. Quatro bombas de 535 cv extraem água de um reservatório próximo e criam um rio artificial 
como funciona um caiaque
Você pode descer por uma garganta rochosa em um rio (em inglês) de montanha enquanto a espuma das águas brancas molha seu rosto. Ou talvez você prefira navegar pelas águas serenas de um lago (em inglês) ao crepúsculo. Quem sabe sua preferência seja remar à sombra de arranha-céus urbanos. Se você procura aventura, uma manobra aérea nas ondas ferozes do oceano pode ser sua escolha. Qualquer que seja sua preferência, os caiaques têm muito a oferecer a quem ama a vida ao ar livre.

Kayaker
Toshi Kawano/Getty Images
Esse praticante do caiaque está aproveitando ao máximo a aventura

O caiaque é uma embarcação versátil. Alguns caiaques são longos, estreitos e construídos para grandes velocidades. Outros são curtos, largos e podem fazer curvas muito estreitas. Eles podem ser feitos de fibra de vidro, de plástico, de Kevlar e até mesmo de madeira. Alguns caiaques posicionam o usuário em uma carlinga aberta, como uma canoa. Os remos podem ser curtos ou longos, curvos ou retos, paralelos ou alternados - mas todos são duplos. Decidir que modelo de caiaque e que remo usar depende de diversos fatores.

Neste artigo, ajudaremos na escolha apropriada. Aprenderemos sobre a história do caiaque, informaremos sobre o equipamento necessário e explicaremos algumas das manobras mais comuns.

Caiaque urbano
A renovação dos clubes urbanos de navegação levou à retomada da prática do caiaque em várias cidades norte-americanas. A maior parte das instalações estavam em ruínas, depois de anos de negligência. O resultado era que os remadores não entravam nas vias aquáticas das grandes cidades simplesmente porque não havia um ponto adequado de embarque ou desembarque. Os praticantes que retomaram o esporte em Portland, Oregon, Manhattan e washington d-c estão tentando mudar essa situação. Todas essas cidades renovaram os abrigos de barcos dilapidados nos rios que as cruzam, a fim de encorajar os remadores a voltar à água. Parte do Projeto de Restauração do Rio Hudson, em Nova York, inclui quatro abrigos de barcos de última geração. O objetivo do projeto é desenvolver oito quilômetros de terras negligenciadas ao longo do rio, a um custo de US$ 550 milhões

 Tipos de caiaque
Há diversas modalidades de caiaque, cada qual adequado a um propósito específico. A fim de compreender mais sobre os barcos, conheça os seguintes termos:

  • popa - traseira do barco
  • proa - frente do barco
  • casco - fundo do caiaque
  • chine - curva entre as laterais e o fundo
  • rocker - porção da curva entre a popa e a proa que fica acima da linha da água
  • flare - ângulo das laterais com relação ao casco

Kayaks

Os caiaques marinhos ou de turismo são longos, estáveis e têm muito espaço interno e externo para carga. Os cascos são chatos, as chines são rijas e largas, o que lhes dá um flare amplo. Isso torna essa variedade menos manobrável, mas veloz em linha reta. Os caiaques desse tipo também deslizam mais a cada remada, de modo que são mais eficazes do que os tipos esportivos mais curtos. Podem vir em versões com um ou dois assentos e muitos dispõem de lemes que ajudam nas manobras. Pode-se sentar do lado de dentro do caiaque ou escolher modelo que permita sentar em cima - mais parecido com uma canoa.
Os caiaques de água branca são mais curtos e um pouco menos estáveis, mas muito mais manobráveis. Também são mais duráveis e construídos para enfrentar o desgaste nas manobras em corredeiras. Com comprimento típico de 2,5 metros e cascos arredondados, eles têm chines mais suaves e flare mínimo. Isso ajuda nas manobras e na rolagem porque a porção do caiaque que faz contato com a água é menor. Eles também exibem considerável rocker, o que também ajuda limitar o contato com a água. Todos os caiaques para uso em corredeiras são modelos em que o usuário se senta do lado de dentro, e nenhum tem leme.
Os caiaques de surfe não diferem muito dos caiaques para água branca. Uma grande diferença está no rocker. Os caiaques de surfe só tem rocker do lado da proa - a popa é plana, como a de uma prancha de surfe. Muitos caiaques de surfe também têm quilhas de manobra, assim como as pranchas.

Surf kayak
Darren England/Getty Images
Steven Meredith em ação durante a prova Surf Ski da competição da Liga Nacional de Surfe realizada na praia de Surfers Paradise, na Gold Coast australiana

Os caiaques podem ser feitos de diferentes tipos de material. Os caiaques de surfe são quase sempre integralmente de fibra de vidro - os modelos para corredeiras são muitas vezes feitos de plástico. Isso acontece porque o plástico tradicional não oferece a rigidez e o baixo peso da fibra de vidro. Os caiaques marinhos também são, geralmente, feitos de plástico, mas podem ser produzidos com madeira. Alguns dos caiaques para corredeiras mais novos são feitos de Kevlar, um material mais leve e mais resistente.

O material usado tem o maior impacto sobre o preço de um caiaque. O plástico é o mais barato, mas também o mais pesado. A fibra de vidro é 20% mais leve que o plástico, mas custa cerca de 20% a mais. O Kevlar é o mais leve e o mais resistente de todos, mas custa duas vezes mais que a fibra de vidro. O peso é algo que precisa ser considerado porque, infelizmente, você passará mais tempo fora do caiaque do que dentro dele. Isso significa carregar o caiaque, instalá-lo e removê-lo do rack no teto de seu carro.

Também é possível optar por um caiaque tradicional, com laterais dobráveis, ou por um modelo inflável. Os caiaques infláveis são leves e mais duráveis do que possa imaginar.
Na próxima seção, estudaremos alguns dos outros equipamentos necessários para se usar um caiaque. 
Principais equipamentos.
Você comprou seu caiaque e está pronto para cair na corredeira. Mas calma. Existem outras coisas de que você vai precisar antes de se lançar nessa aventura. A peça mais importante, além do barco, é o remo. Sem remo, você poderia descer a corredeira em uma banheira. No que se refere aos remos, existem variações no comprimento e na forma das lâminas, no comprimento e forma da haste e no material com que é feito. Para decidir que combinação de características funciona em seu caso, considere que tipo de remada você empregará, o tamanho do seu caiaque e o seu tamanho. Caso você não seja alto e forte, é melhor escolher um remo mais curto e mais leve. Os caiaques mais largos e altos podem requerer remos mais longos.

kayak

Quanto às lâminas dos remos, as opções são muitas. Lâminas mais largas tocam mais água e, com isso, propiciam mais aceleração. Também têm mais resistência, o que significa mais esforço do condutor. Uma lâmina mais estreita vai requerer mais remadas, mas menos esforço por remada. Algumas das lâminas são paralelas uma à outra - elas são conhecidas como lisas. As lâminas que ficam a ângulos de 70 a 90 graus uma da outra são conhecidas como curvas. O ângulo reduz a resistência propiciada pelo vento quando a lâmina está fora da água e em posição perpendicular ao vento. Há também lâminas planas ou côncavas. As côncavas aumentam o poder de cada remada, mas as planas desviam mais água em torno delas. Os remos podem ser feitos de alumínio, de fibra de vidro, degrafite, de plástico, de Kevlar de carbono ou de madeira. Para decidir que remo é o melhor para você, o melhor é experimentar. Caso você não possa fazê-lo, procure a loja de material náutico mais próxima e peça orientação.

kayak paddle
Consumer Guide Products
Remo de caiaque - repare na curva e no ângulo da lâmina com relação ao cabo. Essa é uma lâmina curva.

Outra parte importante do equipamento é o colete salva-vidas, que os praticantes de caiaque preferem chamar por um termo mais elegante, "dispositivo pessoal de flutuação" (DPF). Você deve usar um DPF sempre, quer em uma corredeira, quer flutuando em um plácido lago (em inglês). Os DPF para praticantes de caiaque têm aberturas mais largas no pescoço, tiras estreitas nos ombros e buracos largos para os braços, a fim de permitir o máximo movimento.
Você também precisará de um cinto conhecido como spray skirt, a peça que mantém o navegador do lado de dentro do barco e a água do lado de fora. O cinto parece um minicaiaque feito de neoprene ou nylon. O remador veste o cinto, que se encaixa firmemente em torno de sua cintura, e se acomoda no barco. O cinto se ajusta à carlinga e forma um selo à prova de água. Um fator importante nesse cinto é determinar se é difícil sair dele. Você precisa de algo fácil de ser removido caso o caiaque emborque acidentalmente. Os cintos são usados normalmente em caiaques para corredeiras e surfe.
No caso dos caiaques para corredeiras, você também precisará de um bom capacete. Isso protegerá seu rosto contra as rochas do rio (em inglês), que você certamente encontrará. Além disso, há muitos outros equipamentos que você utiliza para suas expedições em caiaque. Sacos à prova de água protegem os seus pertences. Blusas e calças impermeáveis podem ajudar a manter o corpo aquecido e seco. Botas de neoprene oferecem grande tração em rochas escorregadias. Luvas são uma boa idéia para impedir bolhas em períodos de navegação prolongada, assim como uma pequena âncora para seu caiaque de turismo, se você quiser fazer paradas. Para transporte, racks de teto para seu carro são a melhor pedida

 

A história da Escalada ou alpinismo....


O Montanhismo nasceu como desporto no último quartel de século XVIII, sob a denominação de "Alpinismo", por ter começado na famosa cordilheira dos Alpes, em plena Europa Central. Foi portanto seu marco inicial a escalada ao 'Mont Blanc', no ano de 1786, considerada como o início da prática do chamado "Nobre Esporte das Alturas",
No século XIX, registaram-se várias subidas de montanhas, começando então a sua caracterização desportiva, embora ainda incipiente e com motivações várias.
No início do século XX houve grande avanço técnico no Montanhismo, em particular na escalada em rocha e gelo. As principais vertentes dos Alpes foram escaladas e em 1938 a face norte do Eiger, uma das maiores paredes da Europa, é conquistada.
As décadas de 40 e 50 foram um período de grandes escaladas e grandes escaladores. Foi escalado o primeiro pico com mais de 8.000 metros de altitude, o Annapurna com 8.078 metros em 1950. O ´Teto do Mundo´ foi atingido, o Everest (8.848 metros) em 1953, pelo neozelandês Edmund Hillary e o sherpa Tensing Norkay. No ano seguinte o K-2, segunda montanha mais alta do mundo. Na Europa Walter Bonatti escala em solitário e no inverno a face norte do Cervino.
No campo da escalada em rocha foram escalados o Half Dome (1957) e o El Capitan (1958), na Califórnia, com 800 e 1.000 metros de pura rocha vertical, respectivamente. Sem esquecer do Fitz-Roy na Patagônia argentina, escalado em 1952, por Lionel Terray e Guido Magnone. No Brasil foram escalados o Pico Maior de Friburgo, a Chaminé Rio de Janeiro na imponente face sul do Corcovado e a Chaminé Gallotti no Pão de Açúcar entre várias outras montanhas de igual beleza. Um dos escaladores que mais se destacou nesta época foi Sílvio Mendes.
Finalmente, a partir da década de 60, consolidou-se o Montanhismo desportivo moderno. Com novas técnicas desenvolvidas, equipamentos avançados, treinos rigorosos e escaladas cada vez mais atléticas, grandes paredes foram vencidas, entre elas: a Torre Central del Paine (1963) e o Cerro Torre (1974), ambas na Patagônia. São escaladas vertentes cada vez mais difíceis em picos antes já atingidos. Reinhold Messner atinge o cume do Everest sem utilizar oxigênio engarrafado em 1978 e dois anos depois repete o feito, e desta vez, em solitário. 

Na década de 80 e 90 a escalada desportiva cresce no mundo todo e dificuldades extremas são superadas. Paredes gigantescas que eram antes escaladas em artificial são repetidas em livre. No Paquistão a Grande Trango Tower, talvez a maior parede de rocha do mundo, é escalada.
É nesta incessante busca do desconhecido e de novos desafios que chegamos aos dias actuais. 
Escalada em Top rope - Suspende-se o meio da corda no topo de um penedo através das sangles. Numa ponta encorda-se o escalador e, na outra, o segurador coloca a corda no dispositivo de segurança (Oito ou Grigri). A escalada faz-se como que em suspensão. Se o segurador puxar com a corda com força, até pode içar o escalador. Não há quedas de impacto existindo apenas um deslizamento.
O Top rope é utilizado para aprendizagem ou para o estudo de uma via.
Escalar à frente - Numa ponta da corda encorda-se o escalador e, a uns três metros, no corpo da corda, o segurador coloca o dispositivo de segurança. O escalador inicia a escalada enquanto que o segurador vai dando corda. Assim que o escalador chega a um ponto de amarração (ancoragem) na rocha, coloca uma express e passa a corda pelo outro mosquetão da express. Parece complicado, mas aprende-se vendo e fazendo. Neste tipo de escalada existe a possibilidade de queda quando o escalador está entre dois pontos de segurança e falha um passo! Só o ponto de segurança anterior o sustém da queda.
Escalada em Boulder - Nesta escalada não é necessária a corda. São vias baixas que exigem passos de extrema força e agilidade. Praticam-se não em altura, mas em comprimento "travessias". Pode ser efectuada em rocha ou em rocódromos. Boulder , é a escalada de blocos pequenos de rocha, mas extremamente difíceis. É a forma mais simples e pura de escalar. Oferece uma liberdade total para prescindir a corda e o equipamento, já que é executada a poucos metros do solo.
quem pode praticar
A escalada desportiva é uma actividade completa, pois agrupa vários aspectos importantes para o desenvolvimento de qualquer pessoa. Requer uma preparação física e técnica do praticante, mas não é um desporto puramente físico, muito pelo contrário. A escalada exige dos praticantes um raciocínio rápido e muita inteligência na hora de escolher o melhor caminho.
É importante que antes de começar praticar a escalada, assim como qualquer outro desporto, fazer um exame médico e ver as suas reais condições. 
Vias
As vias, estão geralmente classificadas, de modo a dar aos escaladores a informação acerca do grau de dificuldade, dos problemas que se vão apresentar e dos riscos que podem correr.
Para isso existem vários sistemas de classificação. Existe uma tabela com os vários sistemas de classificação 
Actualmente, em Portugal, Espanha e França usa-se a graduação francesa usando-se assim de 1 a 5 (embora normalmente a partir do III). Estes graus podem ser subgraduados em -/+ .
Para cima do grau 5, passa-se usar 6 a 9, sendo estes subgraduados de a-c e ainda subgraduados dentro das letras cm +\- .

Os graus numéricos tem a ver com a dificuldade técnica da escalada em si e são baseados nos movimentos difíceis (passos) a fazer, e as letras tem a ver com a aderência e perigosidade da queda.
Na verdade, cada via é um problema proposto. Temos então níveis de dificuldade diferentes, que exige além do trabalho físico, concentração e raciocínio. O praticante vê-se  obrigado a pensar para descobrir a melhor maneira de se movimentar pela parede. 
Conselhos úteis
As escaladas devem ser escolhidas de acordo com a nossa capacidade física.
O importante é que o praticante conheça os seus limites e os respeite. É essencial ter uma boa orientação através de cursos específicos com instrutores experientes, dominar a técnica de escalada e saber usar todos os equipamentos.
A escolha das cordas é fundamental. Devem ser dinâmicas, pois caso contrário podem romper-se e originar uma queda.
Antes de iniciar a subida é conveniente elaborar mentalmente os passos que vamos fazer e estudar os apoios que a parede oferece.
Não devemos abandonar um apoio até que vejamos claramente o seguinte e se possível tactea-lo antes de deixarmos aquele em que estamos agarrados. 
Equipamentos
Como todo o desporto radical a escalada oferece riscos. Porém, com a utilização de todos os equipamentos de segurança esse risco cai praticamente a zero”. Todo o equipamento de escalada é regido por normas mundiais ditadas pela União Internacional das Associações Alpinas (U.I.A.A.). A Comunidade Europeia rege-se por normas próprias, que na área da Montanha são idênticas às da UIAA .
O equipamento básico de um escalador não é muito complexo, sendo até bastante reduzido. É constituído por:
arnês (ou baudrier), uma espécie de cinto revestido que amarra o corpo do escalador à corda, de modo a que em caso de queda esta seja protegida, evitando lesões ou pressões irregulares no corpo (deve ser escolhido algo justo e nunca folgado);
 
Pés de gato, sapatos firmes e ajustados ao pé, importantíssimos para a aderência (por exemplo, em vias como o granito áspero , são indispensáveis, porque a força de braços é secundária e a aderência dos pés é aí muito importante. Em geral são comprados dois números abaixo do calçado normal.   Isto permite que o sapato -pé de gato- não dobre nas pequenas fendas e se mantenha rijo contra a rocha); Têm o formato ideal para propiciar maior equilíbrio e segurança.
 
Saco de magnésio, para transportar o magnésio, para poder ser usado durante a subida; O magnésio evita a humidade das mãos e facilita aderência às paredes.
 
O capacete, uma protecção indispensável, que protege a cabeça do escalador, da queda de pequenas pedras ou outros objectos.
 
 
O mosquetão, que tem função de elo de ligação e não é mais do que uma peça metálica em forma de aro com um troço de abertura em mola a fim de se proceder à fixação e fecho. Um mosquetão de segurança leva um dispositivo roscado que não permite que se abra inadevertidamente.
 
Relativamente ao equipamento colectivo, este é constituído por:
 
Cordas dinâmicas, que são elásticas de forma a absorver grande parte da energia, para que no caso de uma queda o corpo não sofra esticões que provoquem lesões na coluna;
 
Fitas e cordeletes, para estabelecer pontos de segurança à medida que o escalador ascende (assegurando pontos seguros a várias alturas, evitando as quedas graves);
 
Gri-Gri, Aparelho mecânico criado para dar segurança. O seu funcionamento é semelhante ao dos cintos de segurança dos automóveis;
 
O "oito" , que serve para provocar atrito na corda. O seu funcionamento é idêntico ao do Gri-Gri, mas não é automático;
 
Express/revolver , Fita costurada que une um mosquetão de dedo recto a um de dedo curvo. É vulgarmente utilizada esta expressão para designar todo o conjunto
 


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Como surgiu o triathlon........

 
Na região da Grécia, em Lemmos,surgiu o principio do Triathlon. Tudo começou quando Jasão, cansado de ver seu amigo Peleu, um excelente atleta, perder todas as provas de modalidades específicas, instituiu uma competição chamado Pentathlon. Essa competição consistia de cinco provas: Arremesso de disco, Arremesso do martelo, corrida, salto em distância e luta. Peleu venceu a prova e foi coroado o primeiro atleta completo.
É claro que cinco não é três mas aqui foi o nascimento do princípio de uma instituição. Percebeu-se que o valor do atleta poderia ser reconhecida ao final da soma das performances em várias provas.
Etimologicamente “athlon” significa combate, daí o nome triathlon; três combates.
O triathlon foi dissipada pelo mundo através do ironman do Havaí. A primeira prova foi realizada em 18 de fevereiro de 1978, com quinze atletas inscritos e apenas doze completaram a prova, com marcas acima de 11h45m. A partir daí esse esporte começou a crescer em todo o mundo, chegando ao Brasil na década de 80. O triathlon é considerado com “esporte- desafio”. Para melhor definir vamos descrever separadamente o triathlon em : Short Triathlon, Triathlon Olímpico, Ironman. E falaremos da história do triathlon no Brasil separadamente.
 ·        Ironman
 O Ironman nasceu no Havaí como uma aposta louca para se conhecer os limites da resistência humana. Tudo começou em volta das canecas cheias de cervejas na Braseira primo Brewery em Honolulu que fica na Ilha de Oahu, onde estavam reunidos alguns esportistas contando suas proezas em três provas tradicionais da cidade( o Waikiki Rough Water Swin, prova de natação 3.800m; a Around oauhu Bike Race, prova de ciclismo 180Km; e a maratona de Honolulu).
Os esportistas não chegavam a uma conclusão sobre qual era a prova que exigia mais resistência  dos participantes. Um marinheiro americano chamado John Collins lançou então um desafio; Propôs que todos ali fariam as três prova no mesmo dia e o vencedor seria, indiscutivelmente, o mais resistente.
Em qualquer outro lugar, essa proposta não passaria de uma conversa de butiquim, mas no Havaí o desafio foi levado a serio e a prova marcada para o dia 18 de fevereiro de 1978. Cada um dos quinze atletas pagaram três dólares para participar da prova. 
Cada competidor deveria cuidar de si mesmo, não contavam com água, voluntários, estrutura para bicicletas ou qualquer outra ajuda ou colaboração. O próprio Jhon Collins parou na metade da corrida para comer em um pequeno restaurante. Uohn Dunbar, um marinheiro que liderou boa parte da prova parou para se hidratar e acabou tomando uma cerveja gelada oferecida por seus amigos. Dunbar acabou por ficar bêbado e perdeu a liderança para o motorista de táxi Gordon Haller, que venceu o desafio depois de 11h46m.
A prova ocorreu no ano seguinte, patrocinada desta vez pela academia Nautilus Fitness Center. Novamente quinze atletas participaram e chegaram ao final doze deles, incluindo uma mulher, Lyn Lemaire. O vencedor foi Tom Warren com o tempo de 11h15m56s. Neste ano, aprova chamou a atenção da revista Sports Illustred que mandou um reporte ao Havaí. Esse repórter, Barry McDermontt, espalhou a curiosidade por toa os Estados Unidos, chamando o esporte de “lunático”.
No ano seguinte, estavam inscritos 108 atletas e a rede americana BBC compareceu para fazer a cobertura. Estava inscrito nessa prova um jovem treinador chamado Dave Scott que acabou por vencer o desafio com o tempo estimado em 9h24m33s, deixando todos atordoados.
Em 1981, o evento foi transferido para as tranqüilas ruas de Kona e teve a participação de 336 atletas.
Já em 1982, o Ironman virou comoção nacional devido à força dos imagens levadas pala BBc onde Julie Moss liderava a prova até poucos metros da chegada, quando caiu no chão sem forças, quase desmaiada. Enquanto se arrastava em direção a linha de chegada, Kathleen McCartney ultrapassou-a e venceu. Esta cena conquistou os americanos e difundiu, definitivamente, o triathlon com esporte.
Neste mesmo ano, houve uma Segunda prova, dia9 de outubro cujo a finalidade foi fixar uma data mais apropriada para a realização da prova, numa estação com clima mais ameno para os estrangeiros. Foi também estabelecido um limite de horas para se completar a prova.
A prova encontrou seu formato definitivo e escalou uma longa trilha ascendente, popularizando-se e difundindo-se por todo o mundo, o triathlon como esporte.
 ·        Short Triathlon
 Já se sabe que o triathlon foi divulgado com a criação do Ironman no Havaí. A partir da olimpíada de 1984 em Los Angeles surgiu a idéia da distancia olímpica; e no final da década de 80, mais precisamente em1986, foi instituída a distancia Short com 750m, 20km e 5km.
A distancia short ganhou características muito particulares por ser uma prova rápida, sendo fechado hoje em aproximadamente em 55 minutos pelos primeiros colocados. Isso contribuiu para o engrandecimento do triathlon pois apesar de ser uma prova de alta intensidade não é muito desgastante para os triatletas, (as provas mais longas elevam o nível de stress dos triatletas).
Por ser uma prova curta  a distancia short atrai um maior numero de participantes e mobiliza um menor numero de staffs, sendo facilmente organizado e estruturada em qualquer local; atraindo assim a atenção dos patrocinadores, pois o retorno é muito bom para aqueles que investem no esporte.
São também mais atraentes para o público por serem realizadas em circuitos e apresentando as transições da natação e do ciclismo no mesmo local possibilitando um contato visual público/atleta durante as três modalidades.
·        Triathlon Olímpico
A idéia  do triathlon olímpico surgiu na olimpíada de Los Angeles em 1984, visto que na época os 1500m de natação , os 40Km de ciclismo contra-relógio e os 10km de corrida a pé na pista, correspondiam as provas mais longas para estas modalidades e logo as distancias ditas olímpicas se tornariam padrão e é atualmente, a medida oficial para as provas dos campeonato mundial, sul-americano, pan-americano e agora os jogos olímpicos.
Na década de 80, a saída era em um ponto e a chegada em outro num total de 51.500m, mas a necessidade de manter o público mais perto e assim obter um retorno maior para os patrocinadores, resultou na mudança do circuito possibilitando o tempo todo, ao público e a imprensa, um contato com os triatletas; torcendo e se emocionando a cada volta.
O tempo da prova, inicialmente era superior a 2 horas, acarretando um enorme esforço para o atleta. Atualmente, os primeiros colocados  gastam cerca de 1h20m.
·        O Triathlon no Brasil
Ano 1982- O começo de tudo:
Foi em 1982 que este esporte chegou ao Brasil. Sua primeira prova foi em 7 de Fevereiro numa espécie de gincana batizada de “corrida alegre 82”.
As distâncias e a ordem das modalidades eram bem simplórias. Começava a prova nadando 950m, depois partia para corrida num trajeto de7.5Km e pedalavam15Km. É claro que essa foi uma experiência porque na verdade ainda não existiam os triatletas, tudo era improvisado por se tratar de um esporte novo e muito desconhecido.
A idéia do triathlon foi trazida pelo jornalista americano naturalizado no Rio de Janeiro chamado Yllen Kerr que também era corredor. Foi através dele que três atletas conheceram o esporte pouco difundido no Brasil, e em 1981 já treinavam, com muita dificuldade para o Ironman do Havaí. Um desses atletas fez o melhor tempo, no Havaí, com 12 horas de prova.
A mídia explorou o feito desse atletas muito mais pela distancia, tempo e dificuldade da prova do pelo próprio esporte.
Ano 1983- O conhecimento:
Foi em maio que os brasileiros finalmente conheceram o triathlon; Agora com a ordem certa da prova e distâncias proporcionais de 1.000m de natação,43Km de ciclismo e 11Km de corrida. O Rio de Janeiro foi novamente escolhido para o evento, tornando-se a capital do esporte no Brasil. Realizaram assim o I triathlon do Rio de Janeiro/ Brasil com cobertura total da mídia.
Essa competição foi um sucesso tão grande que outra competição foi organizada só que com distâncias um pouco maiores  de 1.500m de natação, 5105Km de ciclismo e 45Km de corrida; essa foi chamada de II triathlon Golden Up.
Apesar do sucesso , o triathlon brasileiro ainda engatinhava e as competições e os organizadores faziam as coisas no “felling”.
Ano 1984- Novas idéias novos lugares:
Neste ano a Golden Up, representante da marca esportiva, resolveu fazer mais duas competições: o III e IV triathlon Golden Up, realizados em maio e novembro na capital paulista com distancias de ( 1.500;55.5;11.7).
Fora o eixo Rio- São Paulo três provas foram realizadas expandindo assim o triathlon e atraindo um número cada vez maior de adeptos  de vários estados e cidades com algumas alterações nas distâncias.
Começou a se falar do triathlon com um futuro olímpico. Mas este esporte teria ainda muitas etapas para cumprir no Brasil e no mundo. Faltava também um campeonato mundial. unificado, uma federação internacional, uma confederação nacional, federais e estaduais e é claro mais provas.
Ano 1985- Um ano de afirmações para o triathlon:
Apesar de ainda ser um esporte novo, já encontrava-se com seu lugar ao sol. Se em 1984 aconteceram 5 provassem todo o país, em 85 elas subiram para 40. Organizadores, patrocinadores e cartolas voltavam-se para o triathlon.
Os organizadores do Rio decidiram elaborar um série de 12 seletivas que teria status de um campeonato brasileiro. Seria um sistema de ranking por pontuação ao final, e o vencedor ganharia uma passagem para o Havaí. Os participantes não precisariam participar das 12 provas. As distâncias eram de (1.00;40;10).
Várias provas foram realizadas, durante e depois das 12 seletivas, em todo Brasil e a prova triathlon Jubileu de Prata foi a primeira com dist6ancias olímpicas (1500;40;10). Estas distâncias foram importantes para o olimpização do triathlon, que não poderia propor algo tão grande com o Ironman para o comit6e olímpico internacional. A Segunda prova olímpica foi a realizada no Guarujá em julho de 1985.
O atleta Mark Allen supostamente bateu o recorde mundial com tempo de onze horas, quarenta e oito minutos e trinta e cinco segundos sem Ter sido homologado por três motivos: Por não haver um órgão mundial; Pela prova não ser aferida; e por não haver um fiscal- cronometrista autorizado. Mas as manchetes do recorde foram espalhadas por toda a parte.
Mo Rio, os triatletas se mobilizaram em torno de uma associação classista para defender seus interesses devido a ausência de uma federação que ainda era só planos.
Ano 1986- A criação do Short:
Este ano teve como característica a criação do short triathlon.
Foi baseado em um modelo já existente fora do país que o short foi adotado no Brasil com a finalidade de atrair novos participantes, pessoas que não participavam das provas por achar que era um esporte de “super-homens”. Bastou diminuir as distancias para 750m de natação, 20Km de ciclismo e 50Km de corrida para implantar o short triathlon no Brasil.
O short acabou se tornando uma regra para todas as provas realizadas dentro do país.
Ano 1987- A crise no triathlon:
Noventa e sete foi ao mesmo tempo um ano de excelentes lembranças e péssimas recordações na história do triathlon. Os bons momentos ficaram por conta de um circuito de três provas, o C&A Short Triathlon que levou o esporte para todos os meios de comunicação de todo o país.
Depois de realizado o circuito mais bem organizado e de maior repercussão e em função do plano cruzado, o triathlon começou, no segundo semestre do ano, a mergulhar na sua maior crise. Falta de provas, atletas e patrocinadores.
Por ser o semestre mais negro da sua história, ninguém sabia ao certo o que ia acontecer com o esporte no Brasil. Mas todos estavam apostando em 1988 afinal ano olímpico é ano olímpico.
Ano 1988- O renascimento:
As federações do Rio e de São Paulo foram fundadas e passam a dar novas perspectivas para o esporte.
Aos poucos as provas foram sendo retomadas a outras cidades iniciavam suas provas. Fim de ano e o triathlon retoma o fôlego perdido em 87 e se organiza expandindo-se país a fora.
Ano 1990- Surgem as confederações e federações:
As fronteiras se abriram para o triathlon com a criação da associação Carioca de triathlon (ACTRI). Antes também em Niterói foi criada a Associação dos triatletas de Niterói (ATN) uma iniciativa dos triatletas cariocas cansados com o marasmo do esporte do Rio.
As federações vão tomando forma. A Associação Baiana de triathlon vira um federação (FEBATRI) e assim segue mas sem serem legalizadas.
Ano 1991- A Confederação:
Agora as várias federações são legalizadas tornando possível o sonho se  fundar uma Confederação Brasileira de Triathlon em Brasília.
Antes da CBTri, quem tinha status de confederação brasileira era o Rio de Janeiro.
Em Outubro foi fundada a União de Triathlon feminino.
O triathlon definitivamente de a volta por cima e abri espaços novos as importadoras, que através dela o mercado fortaleceu-se de equipamentos e materiais esportivos.
Ano1992- O aniversário do Triathlon:
O importante é mostrar que após uma década, o esporte continua crescendo firme e forte.
O triathlon sem dúvida deixou se ser considerado  apenas para super-homens e passa a ser visto com outros olhos; A prensa de um número grande de participantes em várias provas pelo país e com idades variando de 7 à 70 anos é a prova disso.
Este foi um ano de muitas provas. Antes elas eram poucas e marcas com datas espaçadas entre 2 e 3 meses umas das outras. Agora as provas eram marcadas quase que todos os finais de semana e em cidades diferentes fazendo com que os participantes tivessem que escolher as provas que iriam participar.
A renovação dos atletas, dos lugares, dos organizadores foi o maior presente para o triathlon.
Em fim, este é o resumo da história do Triathlon no Brasil.