sábado, 31 de dezembro de 2011

Deficiente só na palavra.....

Em busca de maneiras de manter sua adrenalina em alta depois que um acidente de moto o forçou a sair do serviço militar e o colocou em uma cadeira de rodas, Darol Kubacz reinventou-se como uma espécie de pioneiro dos esportes radicais.
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Ernie Butler, diretor-executivo da região nordeste da organização dos Veteranos Paralisados da América, pratica esportes de voo livre.
Primeiro, ele iniciou a prática de esqui, mas devido à falta de cuidado, ele quebrou sua coluna uma segunda vez. Depois de uma dolorosa recuperação, ele passou a praticar o mountain biking e o mergulho, e chegou a escalar o Monte Kilimanjaro.
No mês passado, a necessidade em buscar aventuras tirou Kubacz de sua casa no Arizona e o levou a uma montanha rochosa para fazer algo que um par de pernas em pleno funcionamento nunca teria permitido alguém fazer de qualquer maneira: voar.
“Como os fuzileiros navais dizem,” ele explicou, “se adaptar e se superar.”
E com uma nova e modificada cadeira de rodas, Kubacz, 37, e seu instrutor saltaram da encosta da montanha em direção à imensidão azul para planar no vento com seu paraquedas.
Por gerações, soldados que voltam aos Estados Unidos com deficiências graves, tanto ocorridas em combate quanto em atividades de risco experimentadas em seus dias de folga, como o motociclismo, encontravam uma pacata e limitada opção de atividades esportivas. Mas a última geração de veteranos deficientes está cada vez mais retomando esportes em busca da emoção que desfrutavam antes de suas lesões.
À medida que expandem a gama dos chamados esportes de adaptação para o surf, escalada e rafting, com a ajuda de novas tecnologias e financiamento de organizações públicas e privadas, esses veteranos têm trabalhado para provar que uma cadeira de rodas não requer necessariamente que o seu ocupante se mantenha apenas com as rodas no chão.
“Eles estão fazendo coisas que nunca pensaríamos ser possíveis dez anos atrás”, disse Kirk Bauer, diretor-executivo da Disabled Sports USA (Esportes Para Deficientes EUA, em tradução literal). No passado, quando Bauer perdeu uma perna no Vietnã, a organização tinha apenas uma sede e ensinava apenas o esqui. Hoje tem mais de 100 filiais e oferece 30 esportes para deficientes.
“Eles adoram velocidade, eles adoram desafio e amam correr riscos”, disse Bauer. “E eles estão realmente cada vez mais desafiando os limites.”
Esse era o objetivo claro dos cinco paraplégicos veteranos militares, nenhum ferido em combate, que chegaram na instituição no mês passado para aprender a praticar o paragliding, um tipo de voo sem propulsão, similar à asa delta, mas que faz uso de um equipamento semelhante a um paraquedas.
Os pilotos decolam e depois sentam-se em um apoio posicionado abaixo da lona, que pode ser dirigido por comandos manuais. Os mais experientes podem ficar no ar por horas antes de aterrissar, normalmente em um campo aberto.
Embora não sejam os primeiros paraplégicos a praticar o paragliding, eles foram os primeiros a serem ensinados a partir do zero usando um novo dispositivo chamado Phoenix, que utiliza uma cadeira de rodas no lugar de um apoio comum. O objetivo final é que os participantes possam praticar o esporte por conta própria, talvez até em competições.
“Eu sabia que poderia praticá-lo com o equipamento certo, mas eu simplesmente não sabia se alguém tinha sido corajoso o suficiente para experimentar isso”, disse Erik Burmeister, 37 anos, que ficou paraplégico em um acidente de moto.
Após a sua lesão, Burmeister aprendeu a esquiar e mergulhar, praticando cada um com o máximo de frequência possível. Um certo dia, em sua casa, na Pensilvânia, ele procurou na internet uma atividade que o fizesse sentir a emoção de sua dúzia de saltos de paraquedas pelo Exército e se deparou com informações sobre o programa Able Pilot (Piloto Capaz, em tradução livre), o grupo que organizaria na época o primeiro programa de paragliding para cadeirantes. Ele foi um dos cinco escolhidos entre mais de 100 candidatos.
“Nós todos aceitamos que a nossa mobilidade é limitada”, disse ele. “Mas temos uma rotina constante de ter que arrastar nossas cadeiras de rodas por aí. Porém, em todos estes esportes, a locomoção é praticamente dispensável. A sensação de liberdade é incrível. ”
O programa de treinamento de quatro dias também serviu de lembrete para o inevitável processo de erros que vem com o aprendizado de um novo esporte, particularmente para alguém em uma cadeira de rodas. Durante as apresentações, os participantes foram informados de que não são hamsters em algum experimento. Ainda assim, eles abraçaram o papel de colocar os seus corpos em risco. No final do treinamento, quatro dos cinco tinham caído ou errado na aterrissagem, e o quinto caiu quando uma decolagem foi abortada. Os instrutores voluntários, bem como engenheiros da Universidade de Utah, tomaram notas das sugestões que os alunos fizeram sobre como melhorar os métodos de ensino e até mesmo o design da cadeira de rodas para atender melhor às suas necessidades.
O programa foi pago com doações do grupo de Veteranos Paralisados da América e pela Fundação Christopher e Dana Reeve, com a ajuda local da Sun Valley Sports Adaptive. Diversos outros grupos se recusaram a oferecer apoio, alegando que o programa era muito arriscado.
“Sim, a prática do paragliding é inerentemente perigosa”, disse Mark Gaskill, um veterano e parapentista que iniciou o programa Able Pilot após levar vários paraplégicos em voos duplos. “A vida é perigosa. Esses caras entendem os riscos. Eles entendem o que uma lesão pode fazer. Porém o voo na cadeira de rodas não é para todos.”
As aulas, que na sua maioria são compostas por treinamentos no chão, começavam antes do amanhecer, com o grupo sendo transportado em vans para um passeio nas montanhas. Cada dia os alunos também praticavam em voos duplos com instrutores voluntários, durante o qual eles eram capazes de voar nos planadores por si próprios.
“Eu nunca achei que iria voar outra vez”, disse Anthony Radetic, 32 anos, um ex-piloto de helicóptero que quebrou suas costas quando sua motocicleta foi atingida por um carro.
Durante anos após a sua lesão, ele tinha vergonha de sair de sua casa, especialmente depois que ele foi forçado a deixar o Exército. Isso mudou quando conheceu os esportes adaptativos: o Jet Ski, o esqui na neve e a corrida de handcycle, pelos quais ele competiu em numerosas maratonas. Ele mesmo também adaptou sua motocicleta, uma Ducati, para que pudesse continuar a passear nas estradas em volta de sua comunidade no interior do Alabama.
Este tipo de transformação é uma das razões pelas quais o Departamento de Assuntos dos Veteranos tem apoiado entusiasticamente o que os líderes descrevem como um aumento exponencial dos esportes radicais, oferecendo assim dinheiro para equipamentos e treinamento. Mesmo arriscadas, as atividades são vistas como uma melhor alternativa do que beber e viver em depressão – algo que muitas vezes acontece após lesões que alteram a vida de um indivíduo.
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Hoje, instituições especializadas oferecem mais de 30 tipos de esportes radicais para deficientes – Foto: NYT.
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O instrutor Rob Sporrer acompanha Erik Burmeister, veterano que ficou paraplégico após acidente de moto, durante voo – Foto: NYT.
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Anthony Radetic, um ex-piloto que fraturou a coluna quando sua moto foi atingida por um carro, praticou parapente com a ajuda de um instrutor – Foto: NYT
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Darol Kubacz é um dos veteranos que participa do treinamento. Ele sofreu um acidente de moto que o deixou paraplégico – Foto: NYT.
“É mais do que um bando de loucos que se dispõem a sair e curtir um momento”, disse Richard Stieglitz, que supervisiona a saúde física e o bem-estar do Projeto Guerreiro Ferido, que fornece programas para pessoas feridas no serviço militar. “Nós utilizamos o programa como uma ferramenta para mostrar que eles podem fazer tudo o que quiserem. ”
Depois de um passeio de van até o topo da montanha usada para a decolagem, Ernie Butler, 59 anos, se preparou para seu primeiro voo em Phoenix.
Ele retirou um capacete e o restante do equipamento de uma pequena bolsa. A última vez que ele colocou o mesmo tinha sido há 16 anos, “o dia em que seu salto deu errado.” Seu paraquedas ficou enrolado no de um colega – ele caiu no chão com mais de 220 fraturas.
Sua memória do acidente não trazia nervosismo, apenas ansiedade. “Já faz um tempo que não deixo meus joelhos livres no vento” disse ele.
E depois com um alegre grito ele desceu ladeira abaixo e decolou, gritando de empolgação ao passar pelo grupo que preparava uma outra cadeira para o próximo pulo.

O velho surf


O Surf teve suas origens há cerca de 7.000 anos, a partir dos Polinésios, povo que viveu na costa do Oceano Pacífico e desciam as ondas havaianas com suas enormes e pesadas pranchas de madeira maciça. Até os dias de hoje, o esporte tem mudado e evoluído muito, chegando ao século XXI a ser considerado como uma das modalidades esportivas que mais se desenvolveu no âmbito nacional e mundial.
Atualmente, o surfe tem um expressivo número de praticantes no Brasil, com mais de 3 milhões de surfistas. A International surf assotiation  estima o impressionante número de 17 milhões de praticantes distribuídos por mais de 70 países em todo o mundo. Apesar de poucos saberem o Brasil juntamente com os Estados Unidos e Austrália são consideradas as três maiores potências do surf mundial.
Este é um esporte considerado misto (aeróbio – membros superiores e anaeróbio – membros inferiores) e pode ser praticado nas ondas do mar, rios e piscinas com ondas artificiais. Existem duas fases distintas no surf: a passagem da arrebentação, onde o atleta rema deitado na prancha e o surfar a onda.
Como em outros muitos esportes a ocorrência de lesões está diretamente relacionada com os Fatores de Risco presente na prática esportiva. Estes fatores são classificados como:
  • Fatores intrínsecos: aqueles que pertencem ao próprio indivíduo, como idade, gênero, déficit de flexibilidade e/ou força muscular, lesão prévia, déficit de controle sensório-motor (propriocepção), qualidade técnica, entre outras.
  • Fatores extrínsecos: que não pertencem diretamente ao indivíduo, como tipo de prancha e equipamentos no geral, carga de treinamento, características de onda, biomecânica do gesto esportivo, etc.
A lesão mais comum encontrada no esporte é o ferimento corto-contuso ocasionado pelo contato direto do atleta com partes da prancha como bico, quilhas, rabeta e borda. Outras lesões encontradas são as entorses de tornozelo e joelho, esta mais comum, devido à necessidade de realizar manobras com movimentos rápidos e abruptos, como floater, tubo e manobras aéreas com giros combinados. Uma explicação para o índice de entorses de joelho neste esporte são essas manobras exigirem movimentos rápidos de rotação do tronco com os membros inferiores fixados em cadeia cinética fechada, isso faz com que haja um componente de rotação sobre o joelho que pode exceder o seu limite fisiológico, predispondo às entorses nessa articulação.
Sobre a topografia das lesões, a maioria ocorre em membros inferiores seguido por lesões na cabeça e membros superiores.
Ainda existem algumas características biomecânicas do esporte à ocorrência de determinados tipos de lesões como movimentos repetitivos durante a remada (principalmente adução e rotação interna), podendo sobrecarregar o complexo musculotendíneo do ombro, especialmente se utilizadas pranchas de baixa flutuação. Posição de hiperextensão mantida da coluna cervical durante a remada gerando quadros álgicos e a posição freqüente dos joelhos em flexão e valgo, principalmente durante as manobras, podem sobrecarregar os componentes mediais do joelho.
De forma geral, no que se pensa em treino preventivo o Fisioterapeuta ao deparar com um atleta de Surf deve levar em consideração todas as possíveis lesões ocasionadas pela modalidade esportiva e a partir daí avaliar os fatores de risco presentes no atleta. Para em fim criar um programa de prevenção específico para ele com base nos resultados da avaliação e suas necessidades.

E viva o Esporte.....


Esporte de aventura ou Esporte Radical, são termos usados para designar esportes com um alto grau de risco físico, dado às condições extremas de altura, velocidade ou outras variantes em que são praticados.
Para que um esporte radical seja bem sucedido, é preciso levar em conta o que é preciso, um exemplo é o condicionamente físico, o estado mental, equipamentos e a alimentação, esses são os fatores mais importantes.
A definição de esporte de aventura surgiu no final dos anos 80 e início dos anos 90, quando foi usado para designar esporte de adultos como o painttbal , skidiving , surf , alpinismo , montanhismo , para-quedismo , hanggliding e bungeejumping , treeking e mountainbike , que antes eram esportes praticados por um pequeno grupo de pessoas, passou a se tornar populares em pouco tempo.
Uma característica de atividades semelhantes na visão de muitas pessoas é a capacidade de causar a aceleração da adrenalina nos participantes. De qualquer forma, a visão médica é que a pressa ou altura associadas com uma atividade não é responsável para que a adrenalina lance hormônios responsáveis pelo medo, mas sim pelo aumento dos níveis de dopamina , endorfina e serotanina  por causa do alto nível de esforço psíquico. Além disto, um estudo recente sugere que haja uma ligação para a adrenalina e a "verdade"” dos esportes radicais. O estudo define os esportes radicais como um lazer ou atividade recreativa muito agradável, mas se tiver uma má administração poderão gerar acidentes e até a morte do praticante. Esta definição é designada para separar anúncio comercial que exagera na descrição dos fatos e "aumenta" a atividade realizada. Outra característica das atividades rotuladas é que elas tendem serem de preferência individuais do que esportes de equipe. Os esportes radicais podem incluir ambas atividades competitivas e não-competitivas.

Muitos participantes quase não sabem de todas as atividades que os esportes radicais compreendem. O mais apaixonado purista, o rótulo dos praticantes dos esportes radicais, não combina com a realidade, porque eles não competem para ganhar "qualquer coisa". De forma mais grave, os esportes radicais são freqüentemente rotulados como culpados por estereotipar os participantes desta atividade como estúpidos, impulsivos, e às vezes suicída.
Alguns dos esportes já existem há décadas e são proponentes de gerações de momento, algumas dão origem a personalidades bem conhecidas. A escalada tem gerado nomes reconhecidos publicamente como o Edmund Hilary , Chris Bulininton , Holfgang Buliich e mais recentemente Joe simpson. Outro exemplo, de esporte radical que originalmente foi inventado séculos atrás foi o surf e o bungee jump, ambos criados pelos nativos havainos como forma de "teste" entre os homens da aldeia.