quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A historia da patinação...

Patinação de velocidade
A patinação nasceu por volta de 3000 a.C., comprovado através de resíduos de patins de ossos encontrados na Suécia, de acordo com o historiador Stefan Lovgren (2008).


A patinação no gelo surgiu no Norte da Europa. No século 13 os holandeses já corriam em patins no gelo com lâminas feitas de madeira e ossos de animais para se deslocarem sobre lagos e rios gelados..Não se sabe o que foi inventado primeiro, se foram os patins ou os esquis.
No século XIV já se usavam patins de madeira nas deslocações onde a rede de canais existentes formavam autênticas “estradas de gelo” em cima das quais os patinadores viajavam durante o inverno. Mas foi na Escócia que a patinagem se transformou num desporto e foi aí que foram feitos os primeiros patins com lâminas de ferro, em 1572.
Já em 1892, por iniciativa da Federação Holandesa, foi fundada a Federação Internacional de Patinação (ISU), a mais antiga Federação Internacional de esportes de inverno.
A modalidade fez parte do programa das Olímpiadas em 1924 passando a integrar os Jogos Olímpicos de Inverno desde a sua 1a edição em Chamonix, na França.
Já a Patinação de Velocidade Short Track (pista curta) passou a integrar o programa das Olímpiadas somente em 1992 nos Jogos de Albertville, França.
Disciplinas da Patinação de Velocidade
Pista Longa / Long Track
- Masculino: 500, 1000, 1500, 5000, 10.000m e Team Pursuit (equipe de 3 atletas)
- Feminino: 500, 1000, 1500, 3000, 5000m e Team Pursuit (equipe de 3 atletas)

Pista Curta / Short Track
- Masculino: 500, 1000, 1500 e 5000m Relay (equipe de 5 atletas)
- Feminino: 500, 1000, 1500 e 3000m Relay (equipe de 5 atletas)

Os Patins de Velocidade no Gelo
Custo dos patins: R$ 3.000,00 reais (com as lâminas)
Um par reserva de lâminas novas: R$ 1.500,00 reais
Velocidade alcançada: Pista Longa: 60 km/h e Pista Curta: 50 km/h
Fabricação: Feito de couro e lâmina de aço.



Patinacao-velocidade


speed-skating-relay
O Vestuário
O traje de competição é feito sob medida com tecidos aerodinâmicos, térmicos e a prova d’agua, diminuindo a ação da resistência do vento no atleta. Entre 1971 e 2007 a média de velocidade na distância de 1500 m aumentou de 45 para 52 km/h. Esse ganho de velocidade se deu devido a grande evolução dos trajes (speed suits) com caracteristicas “âerodinamicas”. Material / Tecido: Lycra
Custo do traje: cerca de R$ 1.000,00 reais


patins velocidade
A Pista de Patinação de Velocidade no Gelo
Tamanho da pista:
- Long Track / Pista Longa: oval específica de 400 m
- Short Track / Pista Curta: 30 m x 60 m – a mesma da Patinacao Artistica e Hoquei



Pista-Oval-Patinacao-Velocidade
A Competição
Pista Longa / Long Track: Em todas as distâncias, com excessão dos 500m, os patinadores competem uma só vez e o atleta campeão é aquele que tiver o menor tempo individual. Velocidades chegam a 60 km/h, e nas curvas os atletas precisam inclinar o corpo num ângulo entre 45 e 50 graus para aliviar a ação da força centrífuga, evitando assim uma caída e/ou acidente.
Pista Curta / Short Track: Atletas competem em grupos de no máximo até 6 pessoas. Velocidades chegam a 50 km/h, e nas curvas os atletas chegam a tocar o gelo com os dedos para manter o equilibrio. Ultrapassagens são permitidas livremente por fora, já ultrapassagens por dentro só são permitidas se houver espaço (gap). Ultrapassagens ilegais, contato intencional e obstrução são motivos para disqualificação de atletas. Os atletas patinam na direção contra o relógio.

A patinação ao longo dos anos foi se dividindo em modalidades específicas, cada qual com objetivos diferenciados, como por exemplo: saltar, correr, brincar e jogar. O que levou ao desenvolvimento de patins próprios e técnicas específicas para cada modalidade, criadas para diferenciar habilidades e preferências da patinação.
Hoje, no Brasil, temos como modalidades competitivas: a patinação artística, hóquei, patinação radical, slalom, patinação de velocidade e outras menos difundidas, no Brasil e no Mundo.
                                                                  

Patinação Artística
A Patinação Artística, especificamente, surgiu de uma brincadeira onde os patinadores faziam desenhos no gelo com suas lâminas enquanto patinavam.
A partir daí começaram a realizar concursos para ver quem fazia os desenhos mais bonitos e os mais complexos. Parece que, naquela época, a glória era conseguir assinar o próprio nome no gelo. É desse tipo de competição que deriva o termo “Figure Skating”, como é conhecida a patinação artística internacionalmente.
Depois, como os patinadores não estavam mais satisfeitos com a simples emoção de fazer desenhos no gelo, começou a se desenvolver a técnica atual da patinação. Primeiro através da dança executada sobre os patins e, depois, através de saltos e piruetas, que foram a evolução natural do esporte.
A Patinação Artística Sobre Rodas apareceu como uma alternativa para os patinadores do gelo, que não tinham como praticar durante o verão, já que os lagos se descongelavam.
No início, os praticantes dos dois tipos de patinação eram os mesmos. Por isso, as duas técnicas são muito semelhantes e utilizam praticamente os mesmos termos em seu dicionário. Hoje em dia, a Patinação Artística possui várias sub-divisões e, normalmente, os patinadores escolhem apenas uma delas para se dedicarem integralmente.Patinação Radical
Os patins são realmente muito antigos. Dessa forma, não podemos nos enganar, os patins (em inglês skate) surgiram muito antes do skateboard, chamado pelos leigos de skate.
Na década de 1970, reapareceram os patins in-line (os primeiros são do século XVIII). O retorno dos patins in-line promoveu o surgimento da patinação agressiva, subdividida nas modalidades street e vertical. Esses patins só foram chegar ao Brasil na década de 1990. Se tornaram febre por um período tempo, mas hoje poucos continuam patinando.
No Brasil, o Aggressive Inline surgiu em 1992.
                                         

Slalom
O Slalom é uma modalidade criada no último século, que tem por objetivo desviar de pequenos obstáculos. Hoje, são utilizados cones de plástico. As competições podem ser de velocidade ou habilidade.
Dentre as citadas, essa é a modalidade mais recente no país, e a poucos anos que se iniciaram as suas competições por aqui.
São Paulo é a cidade potência nessa modalidade.
 

A historia do esqui ...



slalom Sabe-se com certeza que os esquis surgiram na Escandinávia, inventados por povos indígenas para ajudar na locomoção e na caça. Pinturas encontradas na Noruega, datadas de 5.000 a.C., já representavam homens usando esquis nos pés. O esqui mais antigo de que se tem notícia foi encontrado na Suécia, e data de por volta de 4.500 a.C.. Até mesmo as sagas, as grandes epopeias dos países escandinavos da antiguidade, tinham personagens que esquiavam. O nome "esqui" teria vindo da palavra norueguesa skio, que significa "pedaço de madeira".

O uso dos esquis para o esporte é atribuído ao norueguês Sondre Norheim, nascido em Telemark, distrito da cidade de Morgedal. Norheim teria inventado, por volta de 1850, o desenho do esqui e dos bastões modernos, enquanto os artesãos de Telemark teriam refinado o modelo até chegar próximo aos que usamos hoje. Em um encontro de esquiadores em 1868, Norheim introduziu muitas das técnicas que são usadas no esporte até hoje, e ele e seus colegas teriam sido os responsáveis por espalhar o novo esporte pela Europa.

Assim como todos os esportes, o esqui tinha vários conjuntos de regras diferentes, até ser fundado um órgão regulador para o esporte, a Federação Internacional de Esqui (FIS), durante as Olimpíadas de Inverno de Chamonix, França, em 1924. Originalmente fundada por 14 países, hoje a FIS conta com 109 membros, dentre eles o Brasil, que, embora não tenha neve suficiente para se esquiar, tem diversos atletas competindo internacionalmente neste esporte.

Ao todo, a FIS regula quatro categorias do esqui e mais o snowboarding, do qual eu não vou falar aqui porque esse é um post sobre esqui, e não sobre snowboarding. Eu vou começar pela que eu acho mais complicada, que é o esqui nórdico. Como o nome sugere, o esqui nórdico surgiu nos países nórdicos (Noruega, Suécia, Finlândia e outros lá de cima), praticado por Norheim e seus amigos. A principal característica do esqui nórdico é que as botas dos esquiadores são presas aos esquis apenas pela parte da frente, com o calcanhar ficando solto.

O esqui nórdico é subdividido em três disciplinas. A primeira é o esqui cross-country, o que há de mais parecido com uma corrida de esquis. No esqui cross-country, os atletas esquiam através de um percurso determinado pela organização do torneio, sendo que quem completá-lo no menor tempo é o vencedor. Os esquis são compridos e finos, com por volta de 2 metros de comprimento e 5 cm de largura. Quase todos os esquis feitos para esse esporte são de madeira, embora a maioria seja revestida de fibra de vidro e alguns tenham um núcleo de espuma. Os bastões, feitos de materiais leves como fibra de vidro, alumínio, grafite ou fibra de carbono, devem ter altura proporcional à altura do atleta, mas suficiente para que ele consiga tomar impulso sem ter de se inclinar muito. Dependendo da prova, o esquiador pode usar uma de duas técnicas, conhecidas como livre e clássica.

Na técnica clássica, o esquiador só pode usar dois tipos de movimentos. No chamado "movimento cruzado", uma das pernas permanece firme no chão enquanto o esquiador move a outra para a frente, dando impulso com o bastão do mesmo lado da perna fixa - ou seja, se a perna esquerda está indo para a frente, ele toma impulso com o bastão direito. A seguir, a perna que se moveu se firma, e a outra se move, com o bastão do outro lado dando impulso. Por isso o movimento se chama cruzado, pois a perna de um lado sempre se move junto com o braço do outro. No chamado "double poling", o esquiador põe os esquis em paralelo, e toma impulso com os dois bastões simultaneamente. O "double poling" demanda mais esforço, e só é normalmente usado quando o esquiador precisa subir um aclive ou ganhar velocidade. Na técnica livre, além desses dois movimentos, o esquiador ainda pode usar um movimento parecido com o da patinação, no qual as pernas são impulsionadas alternadamente para a frente e o esquiador desliza sobre cada esqui por alguns instantes, tomando impulso com os dois braços simultaneamente. Por causa desse movimento, esquiadores usando a técnica livre alcançam velocidades maiores do que os usando a técnica clássica - lembrando, porém, que a escolha da técnica depende da prova, não do esquiador.

Além dos dois tipos de técnicas, existem dois tipos de largada, a largada clássica e a largada em massa. Na largada clássica, um esquiador larga a cada 30 segundos, e o tempo da prova é contado apenas para aquele esquiador. Assim, o vencedor será o que terminar a prova com o menor tempo, e não o que cruzar a linha de chegada primeiro. Já na largada em massa, todos os esquiadores largam juntos, e o vencedor é o que cruzar a linha de chegada primeiro - evidentemente, como todos largaram juntos, ele também será o que completou o percurso em menos tempo.

Finalmente, as provas do esqui cross-country se dividem em individual, perseguição, revezamento, sprint e sprint por equipes. O individual dispensa explicações, cada um compete por si, e quem completar o percurso em menos tempo vence. Na perseguição, cada esquiador também compete por si, mas deve obrigatoriamente começar a prova usando a técnica clássica, só podendo mudar para a livre após a metade da corrida. O sprint é a prova de distância mais curta, e, por isso mesmo, os atletas têm de passar por baterias classificatórias, com apenas os seis melhores chegando à final. No sprint por equipes, cada equipe é composta de dois esquiadores, e o primeiro dá três voltas na pista antes de tocar a mão de seu companheiro, que espera em uma área de 30 metros específica para a troca, e dará mais três voltas para completar a prova, sendo vencedora a equipe cujo segundo esquiador cruzar a linha de chegada primeiro. Finalmente, na prova de revezamento, cada equipe é composta por quatro esquiadores; os dois primeiros devem obrigatoriamente esquiar com a técnica clássica, enquanto os dois últimos podem usar a técnica livre. Cada esquiador dá uma volta na pista, e então toca em seu companheiro, que estará dentro da área de troca de 30 metros. A primeira equipe cujo último esquiador cruzar a linha de chegada é a vencedora.

cross-country O esqui cross-country faz parte das Olimpíadas de Inverno desde sua primeira edição, em Chamonix, 1924. Atualmente, fazem parte do programa olímpico doze provas, seis masculinas e seis femininas. As masculinas são os 15 km livre (única prova com largada clássica), 30 km perseguição, 50 km clássico, 1,4 km sprint clássico, sprint por equipes livre, e revezamento 4 x 10 km. As provas femininas são os 10 km livre (também única com largada clássica), 15 km perseguição, 30 km clássico, 1,2 km sprint clássico, sprint por equipes livre e revezamento 4 x 5 km. Além das Olimpíadas, o esqui cross-country também faz parte do Campeonato Mundial de Esqui Nórdico, disputado a cada dois anos desde 1925, e conta com várias provas "soltas" ao longo do ano, como as famosas Vasaloppet, disputada na Suécia, Birkebeineren, na Noruega e Tour de Anchorage, no Alasca, Estados Unidos.

A segunda disciplina do esqui nórdico é a dos saltos com esqui, na qual o esquiador desce por uma rampa e salta tentando alcançar a maior distância possível. Simplesmente saltar mais longe, porém, não adianta, pois os esquiadores também recebem notas de juízes pelo estilo do salto - quem salta todo torto, portanto, não vence, mesmo que chegue mais longe. Os esquis usados para saltos são bem mais longos que os do cross-country, com de 2,6 a 2,75 metros de comprimento, e os atletas não usam bastões.

As provas dos saltos com esqui podem ser disputadas no que ficou conhecido como colina alta ou colina baixa. Na colina baixa, o fim da rampa está entre 80 e 100 metros do ponto onde o atleta começa sua descida, enqaunto na colina alta ele fica entre 120 e 130 metros. Na colina baixa, um esquiador pode alcançar, com um salto, distâncias por volta de 110 metros, enquanto na alta ele pode chegar a mais de 145 metros. Recentemente, está se tornando popular uma variação conhecida como "voo com esqui", no qual o final da rampa fica a 185 metros do ponto onde o esquiador começa a descida, e este pode alcançar até 240 metros em um salto. As competições de saltos com esqui também podem ser individuais, onde cada atleta recebe uma nota e o de pontuação mais alta é o vencedor, ou por equipes, nas quais são somadas as notas dos quatro membros de cada equipe para se determinar a equipe vencedora.

Assim como o esqui cross-country, os saltos com esqui fazem parte das Olimpíadas de Inverno desde 1924, e são atualmente disputados nas modalidades individual colina baixa e alta, e por equipes em colina baixa. Curiosamente, nas Olimpíadas a disciplina é disputada apenas no masculino, embora em outros campeonatos, inclusive o Mundial e a Copa do Mundo, haja competições femininas. Os saltos com esqui também fazem parte do Campeonato Mundial de Esqui Nórdico, mas a competição considerada como segunda mais importante deste esporte é a Copa do Mundo de Saltos com Esqui, disputada anualmente desde 1979.

A terceira e última disciplina do esqui nórdico recebe o curioso nome de combinado nórdico. Não por acaso, já que ele é uma combinação das outras duas. Existem dois tipos de provas, a de largada clássica e a de largada em massa. Na de largada clássica, a prova dos saltos é disputada primeiro, com cada competidor tendo direito a um salto. Na prova de cross-country, que tem distância de 10 km e técnica livre, os competidores largarão na ordem do melhor para o pior salto, sendo que, para cada 15 pontos de diferença, o competidor recebe uma vantagem de um minuto - ou seja, ele larga, e só depois de um minuto larga o que fez 15 pontos a menos no salto que ele. Diferentemente de uma largada clássica "normal", esses minutos contam para o tempo dos competidores, pois será o campeão quem cruzar a linha de chegada primeiro, independente de em que posição largou. Quem for um mal saltador, portanto, deve ser um excelente corredor para conseguir recuperar a distância. As provas de largada clássica podem ser disputadas individualmente ou em equipes; na prova por equipes, chamada de revezamento, cada equipe conta com quatro esquiadores, cujas notas são somadas após os saltos. Assim como no individual, cada equipe larga um minuto atrás para cada 15 pontos de diferença. Cada um dos integrantes da equipe percorre 5 km antes de tocar no seguinte, e a equipe que cruza a linha de chegada primeiro é a vencedora.

Já na prova de largada em massa acontece o contrário, com a corrida acontecendo primeiro. Cada competidor começa a corrida com 120 pontos, e perde 15 pontos por cada minuto ou fração que cruzar a linha de chegada atrás do vencedor. Esses pontos serão somados aos pontos do salto para se determinar o vencedor da prova.

O combinado nórdico também estreou nas Olimpíadas de Inverno em 1924, e atualmente conta com três provas, a de colina baixa com largada clássica, a de colina alta com largada clássica e a do revezamento e colina alta. Assim como ocorre com os saltos, nas Olimpíadas as provas são exclusivamente masculinas, embora em outros campeonatos, como o Mundial de Esqui Nórdico, exista o combinado nórdico feminino.

A segunda categoria do esqui talvez seja a mais famosa, o esqui alpino. Originário dos Alpes, a cadeia de montanhas que corta Itália, França, Alemanha, Suíça, Áustria, Eslovênia e Liechtenstein, o esqui alpino surgiu como esporte por volta de 1880, e consiste em descer uma montanha o mais rápido possível, seguindo um determinado trajeto no percurso. Diferentemente do esqui nórdico, no esqui alpino os esquis são presos às botas dos atletas tanto na frente quanto nos calcanhares, embora as presilhas possuam um sistema de segurança que solta os esquis facilmente em caso de acidente. Os esquis do esqui alpino são semelhantes aos do esqui cross-country, mas os bastões são mais curtos, até porque são menos usados.

saltos O esqui alpino se subdivide em cinco disciplinas. A mais famosa é o slalom (que significa, em norueguês, "descer a montanha"), na qual, durante a descida, o esquiador deve passar por dentro de "portais", formados por bandeirolas alternadamente azuis e vermelhas. As duas bandeirolas de um mesmo portal ficam a aproximadamente 2 metros uma da outra.

Uma prova de slalom masculina tem entre 65 e 75 portais, enquanto uma feminina tem entre 50 e 60. Para não ser desclassificado, o atleta tem de passar com os dois esquis totalmente dentro de cada portal. Para não perder muita velocidade, porém, é comum que os esquiadores "trombem" com uma das bandeirolas enquanato passam pelo portal, em um movimento conhecido como "blocking". Os portais costumam ser dispostos de modo que o atleta precise primeiro fazer um movimento para a esquerda e depois um para a direita e assim sucessivamente, descendo a montanha como se estivesse rebolando. Provas de slalom costumam ser disputadas em duas "pernas", com os tempos das duas descidas sendo somados para se determinar o vencedor.

A segunda disciplina do esqui alpino é a chamada slalom gigante, que segue as mesmas regras do slalom, mas com portais mais espaçados, o que resulta em curvas menos fechadas e velocidade final maior. Uma prova de slalom gigante masculina tem entre 56 e 70 portais, enquanto uma feminina tem entre 46 e 58. A terceira disciplina é o slalom super gigante, também conhecido como Super-G, na qual os portais são ainda mais espaçados, com curvas mais abertas, menos mudanças de direção e, logicamente, mais velocidade. Um prova de Super-G masculina tem entre 35 e 45 portais, enquanto uma feminina tem entre 30 e 40.

A prova mais veloz do esqui alpino é o downhill (que, por um acaso, significa, em inglês "descer a montanha"). No downhill, um esquiador pode alcançar velocidades de até 150 km/h, contra 96 km/h do Super-G, o mais rápido dos slaloms. O objetivo do esquiador no downhill é cumprir um traçado de aproximadamente 600 metros montanha abaixo. Esse traçado também é marcado por portais pelos quais o esquiador deve obrigatoriamente passar, mas eles são todos de bandeirolas da mesma cor - normalemnte vermelhas - e não obrigam o esquiador a fazer curva atrás de curva como no slalom. Também diferentemente do slalom, o downhill é definido por uma única descida, sendo vencedor quem a fizer no menor tempo.

Finalmente, a quinta e última disciplina do esqui alpino é o super combinado, que, como vocês devem estar imaginando, é uma combinação de downhill e slalom. Primeiro os esquiadores devem descer uma pista de downhill menor que a da prova completa, com entre 300 e 400 metros; depois todos participam de uma prova de slalom, e os tempos são somados para se determinar o vencedor. Esta configuração é recente, a a tradicional, ainda utilizada em alguns torneios, previa uma descida de downhill completa e duas de slalom, ou até mesmo a soma dos tempos individuais das provas principais de downhill e slalom ao invés de se disputar uma nova prova de combinado. Outra variação recente do combinado prevê uma descida de slalom primeiro, seguida de uma de Super-G.

O esqui alpino estreou nas Olimpíadas de Inverno apenas em Garmisch-Partenkirchen, 1936. Atualmente, todas as suas cinco disciplinas fazem parte do programa, nas modalidades masculina e feminina. Além das Olimpíadas, as competições mais importantes desse esporte são o Campeonato Mundial de Esqui Alpino, disputado a cada dois anos desde 1931, e a Copa do Mundo de Esqui Alpino, disputada anualmente desde 1967.

A terceira categoria do esqui é conhecida como esqui estilo livre. Inventada nos Estados Unidos na década de 1960, pode-se dizer que esta é a categoria mais "radical" do esqui, já que suas provas se assemelham às provas de esportes como skate e snowboarding. Para não atrapalhar as manobras dos esquiadores, os esquis dessa categoria, conhecidos como "twin-tip", são mais curtos, com por volta de 1,8 m de comprimento, e simétricos, com uma ponta curvada de cada lado - o que permite, inclusive, que se esquie de costas, algo impossível com um esqui tradicional.

O esqui estilo livre se subdivide em quatro disciplinas bem diferentes entre si. A primeira é conhecida como aerials. Nela, o esquiador desce uma rampa íngreme de 2 a 4 metros de comprimento, que o lança a aproximadamente 6 metros de altura, em uma queda de 20 metros até tocar o chão novamente em uma área de pouso de 30 metros de comprimento e entre 34 e 39 graus de inclinação. Enquanto está caindo, o esquiador deve realizar manobras, como giros e piruetas, que valem pontos atribuídos por juízes. Esses pontos são somados a pontos conferidos pela decolagem e pela aterrissagem, que deve ser o mais suave possível, e multiplicados por um fator de dificuldade das manobras realizadas para obter a nota final do salto. No final da competição, o atleta com a maior pontuação é declarado vencedor. Dependendo da prova, cada atleta pode ter direito a dois saltos; nesse caso, as notas são somadas para se determinar a pontuação final.

A segunda disciplina do esqui estilo livre é conhecida como moguls, nome de pequenos morrinhos de neve construídos pela organização em um percurso íngreme no qual os esquiadores devem descer. Enquanto descem e desviam dos moguls, os esquiadores também devem executar manobras, pelas quais ganham pontos. O vencedor, ao final da prova, é aquele que obtém a maior pontuação, e não o que chegar ao final do percurso primeiro.

aerials A terceira disciplina é o famoso half-pipe. Literalmente "meio-cano", o half-pipe é uma pista em formato de U, cortada diretamente na neve. Os esquiadores começam em uma das pontas mais altas da pista, e descem a toda velocidade, sendo impulsionados para o ar quando chegam ao outro lado. Após essa impulsão, antes de tocar a pista novamente, eles devem realizar manobras, que contarão pontos. Cada competidor tem direito a um determinado número de manobras, normalmente entre 4 e 6, antes de sair da pista e receber sua nota. Dependendo da prova, cada competidor pode também ter direito a duas descidas, após as quais as notas são somadas. Ao final, o atleta com a maior pontuação é declarado vencedor.

A única disciplina do esqui estilo livre que não depende de notas dos juízes é também a mais recente, batizada de skicross. Nela, os esquiadores devem descer um percurso semelhante a uma pista de BMX, com curvas em ângulo inclinado e rampas que os levam a grandes saltos. O skicross é uma prova de velocidade, o que significa que o esquiador que completar o percurso no menor tempo será o vencedor. Curiosamente, em uma competição de skicross primeiro cada esquiador desce a pista sozinho, com os 16 ou 32 melhores tempos, dependendo do evento, se classificando para a etapa seguinte; a partir daí, porém, os esquiadores passam a descer em grupos de quatro, com os dois piores de cada bateria sendo eliminados até que só restem os quatro que disputarão a final, sendo o vencedor aquele que cruzar a linha de chegada primeiro.

Até 2000, o esqui estilo livre tinha uma quinta disciplina, chamada acroski ou ski ballet, na qual os esquiadores executavam uma série de movimentos obrigatórios e opcionais durante 90 minutos ao som de música, recebendo notas pela apresentação. Essa disciplina chegou a faezr parte, como esporte de demonstração, das Olimpíadas de Inverno de 1988 e 1992, mas hoje não é mais regulada pela FIS, que não a inclui em nenhum de seus campeonatos.

O esqui estilo livre estreou nas Olimpíadas de Inverno, como esporte de demonstração, em Calgary, 1988, passando a fazer parte do programa olímpico na edição seguinte, em Albertville, 1992. Atualmente, fazem parte do programa os aerials, moguls e o skicross, tanto no masculino quanto no feminino. Além das Olimpíadas, essas três disciplias e mais o half-pipe fazem parte do programa do Campeonato Mundial de Esqui Estilo Livre, realizado desde 1986, atualmente a cada dois anos, sempre nos anos ímpares. Os moguls também possuem um Circuito Mundial de provas disputadas anualmente.

A quarta e última categoria do esqui não tem um nome formal, e é referenciada no site da FIS simplesmente como "other". Como ela é composta de disciplinas, digamos, pouco usuais, acabou ganhando o apelido de esqui extremo. O esqui extremo é dividido em quatro disciplinas, sendo que, curiosamente, apenas duas envolvem neve.

A primeira dessas disciplinas é conhecida como telemark, devido a uma manobra conhecida como "Telemark turn", inventada pelo próprio Sondre Norheim, e batizada em homenagem à sua cidade natal. Com a popularização do esqui alpino, essa manobra, originalmente usada para descer montanhas no esqui cross-country, foi caindo em desuso - já que ela requer os calcanhares livres para que o esquiador se ajoelhe sobre o esqui, e no esqui alpino os calcanhares são presos, o que impossibilita o ajoelhamento - até que, em 1970, no Colorado, Estados Unidos, alguns entusiastas do esqui nórdico decidiram ressucitá-la, essencialmente criando uma mistura do esqui nórdico com o alpino: no telemark, o esquiador, equipado com esquis do tipo nórdico, desce uma montanha como em uma prova de downhill do esqui alpino, executando a "Telemark turn" para fazer as curvas. A manobra consiste em esticar uma das pernas para a frente, se ajoelhando no esqui com a outra perna, e jogando o peso do corpo para a perna esticada, o que faz com que o esquiador faça a curva para o lado da perna ajoelhada.

Tradicionalmente, o telemark é disputado em quatro tipos de provas: o slalom gigante é semelhante ao do esqui alpino, mas com as curvas feitas usando a "Telemark turn", e um salto no meio do percurso pelo qual os competidores ganham pontos por estilo e distância, como na competição dos saltos com esqui. O Telemark Classic envolve uma descida em Super-G, um salto, uma descida em slalom gigante, uma curva de 360 o conhecida como reipelókke, e uma subida de 200 m em cross-country estilo clássico, sendo vencedor quem completar o percurso em menos tempo, e penalidades de até 7 segundos somados ao tempo final do competidor por falha na execução do salto. No Telemark Sprint, os competidores descem um percurso de slalom gigante, fazem a reipelókke e sobem 200 m em cross-country estilo livre. Finalmente, o telemark de montanha é disputado em um percurso "selvagem" - ou seja, sem qualquer preparação prévia da organização além de portais para marcar o percurso - com trechos de descida onde deve ser usada a "Telemark turn", reipelókkes e trechos de cross-country, sendo vencedor o esquiador que cruzar a linha de chegada primeiro.

skicross O telemark não faz parte do programa olímpico nem possui campeonato mundial; anualmente, porém, são realizados nos Estados Unidos e Europa os Telemark Festivals, nos quais os profissionais disputam várias provas enquanto os amadores se divertem e os iniciantes aprendem mais sobre o esporte. Além dos Telemark Festivals, todos os anos são disputadas provas tradicionais, como o U.S. Extreme Freeskiing Telemark Championships, em Crested Butte, Colorado, e a Sun Valley Tele Series, uma espécie de circuito norte-americano de telemark, realizado desde 1981.

A outra disciplina com neve do esqui extremo é o esqui em velocidade, no qual o objetivo não é cruzar a linha de chegada no menor tempo, mas obter a maior velocidade média possível durante a descida. Para isso, os esquiadores usam esquis especiais, de 2,4 m de comprimento e 10 cm de largura, bastões de 1 m de comprimento e formato aerodinâmico quando juntos ao corpo, capacetes aerodinâmicos e roupas com proteções especiais nas pernas e costas em caso de acidente. Um por vez, os equiadores descem uma rampa de 1 Km de comprimento, e o tempo da descida é usado para calcular a velocidade média, sendo vencedor o que obtiver a maior. O recorde mundial atual é de 251,4 km/h no masculino e 242,59 km/h no feminino, o que transforma este no segundo esporte não-motorizado mais veloz do mundo, só perdendo para o paraquedismo.

O esqui em velocidade foi esporte de demonstração nas Olimpíadas de Inverno de Albertville, 1992. Como não é fácil construir uma rampa reta de 1 Km em uma montanha, e normalmente elas são feitas em altas altitudes, para minimizar a resistência do ar, é pouco provável que ele um dia entre para o programa olímpico - para Albertville, por exemplo, foi usada a pista de Les Arcs, a 60 Km da cidade-sede. A competição mais importante do esqui em velocidade é a Copa do Mundo, disputada anualmente desde 2000, mas todos os anos são disputadas competições isoladas nas por volta de 30 pistas da modalidade existentes no planeta.

Além dessas duas disciplinas, ainda existem, como eu mencionei, duas disciplinas que não requerem neve para serem disputadas. A primeira é o esqui sobre grama, inventado na Alemanha em 1966 como treinamento para o esqui alpino. Evidentemente, os esquis para grama são adaptados, e possuem uma esteira, tipo daquelas encontradas em tanques, sob cada esqui, que é bem curtinho, com entre 70 cm e um metro de comprimento. Os esquiadores também usam bastões para ganhar impulso, e mais equipamentos de segurança obrigatórios, como caneleiras, joelheiras, cotoveleiras e capacete. Assim como no esqui alpino, o objetivo no esqui sobre grama é descer uma montanha, embora seja uma montanha sem neve, e a trilha seja mais ou menos sem curvas, como em uma competição de downhill. A competição mais importante do esqui sobre grama é a Copa do Mundo, disputada anualmente desde 1999, e que é, na verdade, um circuito mundial, com etapas em diversos países do mundo cujos pontos são somados para se determinar o campeão.

Finalmente, temos o rollerski, que também foi inventado como treinamento, mas para o esqui cross-country. Os esquis do rollerski têm o mesmo tamanho dos do esqui sobre grama, mas, ao invés de esteiras embaixo, têm rodinhas, uma na frente e uma atrás. As primeiras competições de rollerski começaram na década de 1970 - e na época usavam esquis com uma rodinha na frente e duas atrás, depois substituídos pelo modelo atual, que permite maior mobilidade e velocidade - mas sabe-se que esquis com rodinhas já eram usados na Europa para treinamento desde a década de 1930. Assim como no esqui sobre grama, os esquiadores usam alguns itens de segurança, como joelheiras, caneleiras e cotoveleiras, embora pelas regras só sejam obrigatórios o capacete e óculos protetores.

Assim como o esqui cross-country, o rollerski pode ser disputado em uma grande variedade de formatos, usando as técnicas clássica ou livre. Como as rodinhas permitem velocidades superiores às do cross-country, com os melhores esquiadores atingindo mais de 50 km/h, provas de velocidade - em distâncias curtas, em oposição às de resistência, nas distâncias longas comuns do cross-country - também são disputadas, sendo a mais veloz a do sprint de 200 metros. A competição mais importante do rollerski é a Copa do Mundo, também composta de várias etapas ao redor do planeta, e disputada anualmente desde 1993 no masculino e de 2000 no feminino.

A historia do esqui aquatico...


Criado no início do século XX, o esqui aquático passou a ser praticado em todo o mundo a partir de 1936, quando esquiadores europeus provocaram impacto com uma grande exibição em Nova York.
Esqui aquático é o esporte em que o praticante desliza sobre a superfície da água com o auxílio de esquis semelhantes aos utilizados na neve, rebocado por uma lancha a motor, a uma velocidade mínima de 24km por hora. No início de cada corrida, o esquiador abaixa-se na água e segura um cabo, de comprimento variável, que tem a outra extremidade presa à lancha. Quando esta arranca, ele se levanta e, para equilibrar-se, inclina o corpo ligeiramente para trás. Nessa posição, desliza sobre a água durante o tempo em que o barco estiver em movimento.
Os esquis são produzidos em diversos materiais, como madeira, alumínio e fibra de vidro. Os utilizados para divertimento pessoal têm em geral cerca de 1,7m de comprimento por vinte centímetros de largura. Os usados em competições são mais curtos e especialmente desenhados para que os esquiadores dêem uma volta completa durante as acrobacias.
Acredita-se que o esqui aquático teve origem nos esportes de inverno europeus, em que esquiadores eram puxados sobre a neve por cavalos. Muitos já deslizavam sobre a água com esquis de neve quando foi registrada a primeira patente de esqui aquático, por volta de 1900, pelo americano Fred Walter, que em 1914 venceu uma competição em Londres. No fim da década de 1930, o esporte já se tornara popular nos Estados Unidos, Reino Unido, França  e Austrália.
No início da década de 1960 surgiu uma nova modalidade de esqui aquático. Nela, o esquiador é preso a uma espécie de pipa leve e de grandes dimensões. Deslizando contra o vento, é alçado da água e pode atingir uma altura de trinta metros. À medida que a lancha reduz a velocidade, o esquiador inicia o movimento descendente e aterrissa suavemente na água.
Embora praticado mais como divertimento individual, o esqui aquático tornou-se também um popular esporte de competição. Nas disputas, os participantes demonstram sua habilidade sobre um e sobre dois esquis, tanto em águas calmas quanto na esteira do barco. Para os saltos, são utilizadas rampas de 7,3m de comprimento e 1,8m de altura. Os esquiadores são julgados tanto pela altura quanto pelo estilo do salto.
Na modalidade slalom, é necessária muita técnica para se completar um percurso sinuoso a velocidade cada vez maior, até atingir 55km por hora. O desportista deve ser capaz de fazer curvas rápidas e bruscas e mostrar equilíbrio> ao cruzar a esteira do barco. Grande parte das competições internacionais é promovida pela Associação Americana de Esqui Aquático, fundada na Flórida em 1939. Em 1946, França, Bélgica e Suíça fundaram a primeira federação internacional e, meses depois, Estados Unidos e México criaram uma segunda. Os recordes do esporte são registrados pela União Internacional de Esqui Aquático (WWSU).

Como surgiu o iatismo...


O iatismo é um esporte náutico, praticado com barcos à vela, que competem em regatas ou em cruzeiros, podendo, igualmente, ser utilizados para competições e para navegação de recreio das mais variadas formas.
No século XVIII surgiu a prática do Iatismo como atividade de recreio. Inicialmente, iatismo de cruzeiro, seguindo-se as corridas de regatas, das quais, uma das primeiras foi a “Taça América”. Com o desenvolvimento técnico natural, surgiram as regulamentações e com elas as divisões em séries e classes. Com a maior difusão do esporte a vela, o iatismo galgou o foro olímpico. O iatismo também se aperfeiçoou no sentido de se obter a construção de barcos mais leves, de pequenas toneladas, especialmente a partir da segunda guerra mundial, ficando os de média toneladas ou iates de cruzeiro reservados para regatas de longa distância. Surgiu posteriormente o iatismo a motor.
A origem do iatismo presume-se ter ocorrido na Holanda, apesar de ter sido a Inglaterra o primeiro País a instituir tal prática como modalidade esportiva. O primeiro clube de iatismo, Cork-Harbour Water Club, hoje Royal Cork Yacht Club, foi instituído na Irlanda e a primeira regata, provavelmente, foi realizada no ano de 1749, com o percurso Greenwich a Nore, quando foi disputada uma Taça de Prata, ofertada pelo então Príncipe Jorge e posteriormente Rei Jorge III.
O iatismo se difundiu pelo mundo e, em 1811, foi fundado em Nova York, o Knicker-Bocker Clube, que teve vida efêmera, apenas um ano. Entretanto, a bordo do Iate Gimcrack, foi fundado o New York Yatch Club que, de fato, se constituiu na mola propulsora do iatismo nos Estados Unidos, País onde mais se desenvolveu a modalidade, mantendo até hoje, a liderança internacional. Hoje praticamente desapareceram as grandes escunas. O iatismo oceânico apresenta barcos de dimensões que variam de 10 a 15 metros de comprimento, predominando, os pequenos iates com comprimento médio de 6 metros.
As regatas, que tanto podem ser de oceano (porto a porto), como águas abrigadas (percursos fechados, triangulares e retilíneos), obedecem às regras do Internacional Yacht Racing Union. Nas regatas oceânicas utilizam-se barcos diferenciados, embora obedeçam a um padrão de “hamdicaps” para igualar as possibilidades dos concorrentes. Nas regatas de águas abrigadas são geralmente utilizadas barcos monotipos, organizando-se as competições dos diferentes tipos em grupos, através das associações de classe “Shipe” as de maior difusão, seguida da de “Lightining” vindo em seqüência a de “Star”.
Nos Jogos Olímpicos, o iatismo figura com as classes 5,5 R.I., Star, Dragão, Flying Dutchman e Finn. No Brasil o iatismo foi introduzido pelos europeus ainda no século XIX e o primeiro clube foi fundado em 1906, o Iate Clube Brasileiro do Rio de Janeiro, seguindo-se posteriormente a fundação do Iate Clube do Rio de Janeiro e de Associações idênticas em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Em 1934 foi fundada a primeira entidade de direção do iatismo que se denominou Liga Carioca de Vela e, no mesmo ano, apareceu a Federação Brasileira de Vela e Motor. Adequando-se ao modelo do sistema esportivo pátrio, surgiu a Confederação Brasileira de Vela e Motor em 1941. Os primeiros monotipos que figuram nas regatas brasileiras são os das classes Snipe, Star, Lightining e Pinguins.

A história do handebol....


Em 29 de outubro de 1917, surgiu uma modificação no aperfeiçoamento do Handebol. O professor alemão da Escola Normal de educação fisica  de Berlim Karl Schelenz, com a colaboração de dois patrícios, Max Heiser e Erich Konig trabalharam na formação do Handebol como esporte competitivo. No sentido de obter uma divulgação maior, enviou este trabalho,juntamente com as regras especiais do Handebol de campo, a países como: Estados Unidos, Irlanda, Itália, Suíça, França, etc.
Foi assim que surgiu este esporte competitivo, que anteriormente, era praticado apenas como preliminar e mais pelo sexo feminino. Agora, já seria praticado também pelo sexo masculino, o que aumentaria ainda mais o espírito de competição.
É por essa razão que chamamos Karl Schelenz, o pai do Handebol, já que foi ele quem adaptou o Torball para o Handebol, forçando assim, a popularização do jogo em toda a Europa. Este trabalho foi favorecido pelo fato de ter sido ele, professor da faculdade de Educação Física de Berlim, onde havia muitos alunos estrangeiros, que levaram para seus respectivos países os conhecimentos ali obtidos. O professor Schelenz fez palestras sobre a nova modalidade em vários países europeus, entre 1920 e 1930.


História do handebol no Brasil

Apesar de muitas pessoas no Brasil ainda não conhecem o Handebol, este já tem vasta matéria a seu respeito, depois de sua introdução.
Sabemos que há alguns anos atrás vários Estados começaram a prática de Handebol e, por isso, têm suas histórias.
No ano de 2009 o Handebol brasileiro, completou 60 anos no Estado de São Paulo, onde até 1973 foi a base e o domínio.
Em 1978 aconteceu a crise e São Paulo perdeu a hegemonia, a liderança, que dominou longos e longos anos seguidos.
Nesta época, sem ninguém esperar e para surpresa de muitos (para não dizer de todos) surgiu o Estado de Minas Gerais pela sua prática de Handebol.
Aparecem após Rio de Janeiro, Brasília, os Estados do Paraná, Maranhão, etc., para constar o desenvolvimento de Handebol nestes referidos Estados.


Regras básicas

1) Dimensões da quadra: 40x20m.
2) Distância que devem observar os jogadores adversários até que os tiros sejam cobrados: 3m.
3) É considerado gol: Quando a bola ultrapassar completamente a linha de gol.
4) Tiro de 7m: É cobrado quando um jogador de quadra passa a bola para o seu próprio goleiro dentro da área de gol. Durante a execução de um tiro de 7m qual a colocação dos jogadores de defesa e de ataque é fora da linha dos 9m
5) Sanções disciplinares: No jogo as sanções são progressivas seguindo a ordem: advertência, exclusão, desqualificação, expulsão.
6) Passos:  Pode-se dar, no máximo, 3 passos com a bola na mão.

7) 4 casos onde é ordenado Tiro Livre:

É ordenado Tiro Livre no handebol nos seguintes casos: entrada ou saída irregular de um jogador, lance de saída irregular, manejo irregular da bola, comportamento incorreto para com o adversário, execução ou conduta irregular no lance livre e no tiro de 7m; conduta anti-desportiva.
8) Os casos em que o jogo é reiniciado com um Tiro de Árbitro:

Um tiro de Árbitro de handebol é ordenado quando:
a) jogadores de duas equipes cometerem ações anti-regulamentares ao mesmo tempo na quadra.
b) a bola encostar o teto ou objeto fixado sobre a quadra.
c) o jogo é interrompido sem que tenha acontecido qualquer infração e a bola não estar em poder de nenhuma equipe.
d) o primeiro ou o segundo meio tempo tenha sido encerrado antes do tempo regulamentar e os jogadores tenham abandonado a quadra. Neste caso, o jogo de handebol é retomado por um tiro de árbitro executado do centro da quadra após o apito do árbitro. Sem apitar, o árbitro central lança a bola para cima no local onde a bola se encontrava no momento da interrupção do jogo. Caso, o local fosse situado na área do goleiro ou nos 9m, o tiro é executado do local mais próximo fora da linha dos 9m. Neste tiro os jogadores, salvo um de cada equipe, devem estar pelo menos a três metros do juiz. Os dois jogadores devem estar um de cada lado do árbitro, cada um do lado de seu próprio gol.
9) Equipe de arbitragem: A equipe é composta por dois árbitros assistidos por um secretário (que é o marcador dos gols, faltas,etc.) e por um cronometrista.
10) Tiro de meta: O tiro de meta no handebol é ordenado quando antes de ultrapassar a linha de fundo, a bola tenha sido tocada, por último, num jogador da equipe que ataca ou pelo goleiro da defensora.
11) Tiro de lateral: Na execução deste tiro, uma parte do pé do executor deve estar em contato permanente com o solo. É permitido levantar o outro pé e recolocá-lo no solo diversas vezes.


O Jogo

O jogo de handebol é constituído por dois tempos de 30 (trinta) minutos com 10 (dez) minutos de intervalo entre eles, nas últimas olimpíadas ¾ em Atlanta 1996 ¾ foi permitida a utilização do tempo, como no voleibol.
O número de substituições é ilimitado mas elas tem de ser feitas no espaço de 4,45m que cada time possui especialmente para isso, elas são feitas também sem a interrupção do jogo e é preciso que um jogador saia completamente da quadra, antes que outro entre em seu lugar, caso ocorra uma substituição incorreta, ela deve ser avisada ao árbitro da partida pela mesa do jogo, que é constituída por um cronometrista e um marcador de gols. E, então, o jogador que cometeu a infração recebe uma punição de dois minutos. O objetivo básico do jogo de handebol é manobrar o adversário passando a bola hábil e rapidamente entre os jogadores e quando possível arremessá-la ao gol adversário, marcando um ponto caso a bola ultrapasse completamente a linha de gol. É preciso muito jogo de corpo para enganar o adversário e deixar um companheiro livre. Como no futebol e no basquete, é preciso mudar rapidamente de direção, velocidade e usar passes inesperados (às vezes no estilo NBA) para atingir o gol.
As punições no handebol são bastante rígidas e variam desde a advertência com o cartão amarelo até a desclassificação com o vermelho. A seguir, uma lista com todas as punições possíveis:
Cartão amarelo (advertência): serve como advertência a um jogador, é usado em algumas faltas, por reclamação ou quando o jogador não deixa a bola no lugar após a marcação do árbitro.
Dois minutos: o jogador de handebol que receber esta punição deve ficar por dois minutos fora do jogo, sem direito à substituição, ou seja, seu time fica com um jogador a menos durante dois minutos, esta punição é dada a faltas violentas ou a substituições incorretas. O jogador também recebe dois minutos caso for receber o segundo amarelo e caso o time já tenha dois amarelos, o próximo cartão será substituído por um dois minutos.
Cartão vermelho (desqualificação): quando um jogador receber um cartão vermelho ele deve retirar-se da quadra, também do banco de reservas e não pode mais voltar para a quadra durante a partida. O time fica com um jogador a menos durante dois minutos e depois desse tempo pode completar o time com outro jogador, desde que não seja aquele que foi expulso. Um jogador de handebol não pode receber mais de três durante uma partida, se isso acontecer ele é desclassificado do jogo, como se tivesse ganho um cartão vermelho.

A historia do salto ornamental....


Esporte aquático que se caracteriza pela impulsão executada sobre um trampolim (ou plataforma) montado à beira de uma piscina, pela execução de figuras durante uma trajetória parabólica e pela entrada na água, que finaliza o salto.
Desde sua aparição, no século passado, o esporte evoluiu até atingir o alto nível técnico que tem nos dias de hoje. O salto ornamental possui grande semelhança com a ginástica olímpica, com a diferença de que o ginasta encontra normalmente um ponto de apoio nos aparelhos ou no solo, ao passo que o saltador se lança no espaço aéreo e tem apenas uma parábola para realizar seus movimentos, numa contínua busca de equilíbrio.
Pode-se dizer que o salto ornamental é uma das modalidades esportivas mais completas sob o ponto de vista físico (coordenação, equilíbrio e elasticidade) e estético (harmonia e precisão nos movimentos). Dificilmente uma modalidade consegue reunir todos esses atributos. O treinamento sério e concentrado é imprescindível, afinal o perigo está presente a todo momento.
Os Saltos Ornamentais, juntamente com a Natação, Pólo Aquático, Nado Sincronizado e Águas Abertas são as modalidades esportivas vinculadas à Federação Internacional de Natação Amadora (F.I.N.A).


COMO SURGIU:
No fim do séc. XIX, realizavam-se na Inglaterra competições baseadas na altura percorrida. Os saltos ornamentais foram escritos nos Jogos Olímpicos, em 1900, sob forma de atração. Codificados mais tarde pela F.I.N.A., surgiram com regularidade nas competições internacionais: encontros, campeonatos, Jogos Olímpicos, etc.
Os E.U.A. dominaram por muito tempo essas competições (de 1920 a 1956), com White, Desjardins, Drave e Harlan. O aparecimento da alemã Kramer, em 1960, seguida dos tchecoslovacos e dos soviéticos, interrompeu a supremacia norte-americana, quem vem sendo, todavia, paulatinamente recuperada.


SALTOS ORNAMENTAIS NO BRASIL:
 
O Fluminense, no Rio de Janeiro, foi o primeiro clube no país a possuir uma piscina com aparelhagem para saltos ornamentais. Em 1919, o clube tinha trampolins de 1 a 3 metros e plataformas de 5 a 8 metros. A primeira competição nacional aconteceu em 30 de março de 1913, na enseada de Botafogo, no Rio, e foi vencida pelo paulista Adolfo Wellisch, representante do Clube de Regatas Tietê.
A Federação Brasileira das Sociedades de Remo, do Rio de Janeiro, publicou em dezembro de 1931 um "registro de vitórias", onde consta a data de 1921 para o primeiro campeonato nacional de saltos, que se chamava ‘Washington Luíz’ e mais tarde passou a ser denominado Campeonato Brasileiro de Saltos. Naquela época fazia-se uma certa confusão quanto a denominação das provas de plataforma e de trampolim. Os nomes eram usados indistintamente, sendo mais comum o uso do nome trampolim.
Como acompanhar uma competição de saltos ornamentais – O Campeonato Brasileiro de Saltos reúne os melhores atletas em atividade no país e estes se enfrentam em 4 etapas, que acontecem em 4 dias. Normalmente, as competições são feitas nos trampolins de 1m, 3m e plataforma de 10m. As mulheres fazem, cada uma, 5 saltos livres dos trampolins e plataformas; e o homens, seis saltos livres de cada um desses aparelhos. Ao final das 4 etapas, o vencedor será aquele que somar o maior número de pontos.

PARTE PRÁTICA:

Alguns detalhes são fundamentais para que um salto seja considerado bom: a andada no trampolim, o pulo para a ponta, a altura da saída, a execução do salto e a entrada na água. Todas essas partes são julgadas como uma coisa só, um conjunto. O momento de saída ou ‘decolagem’ do trampolim deve mostrar controle e balanço. A altura que o saltador atinge é muito importante pois ela significa mais tempo. Quanto maior a altura, maior a possibilidade de trabalhar a exatidão e a suavidade dos movimentos. A execução do salto envolve performance mecânica e técnica, mas também leveza e graça. A entrada na água é o último item que o juiz vê e ele observa o ângulo – que deve ser quase vertical – e a quantidade de água espirrada – que dever a menor possível.
Devem se distinguir-se os saltos de trampolim, prancha flexível com aproximadamente 5m de comprimento e 50cm de largura situada a 1m ou 3m do nível da água, dos saltos de plataforma, fixa, com 6m de comprimento por 2m de largura, situada a 5m, 7,5m ou 10 metros acima do nível da água.


TIPOS DE SALTO:

Existem seis grupos de saltos. Os quatro primeiros envolvem rotação em diversas direções; o quinto  inclui qualquer salto com giro e o último, usado em salto de plataforma, começa com uma “bananeira”.

·        Grupo I – Para frente  (saída de frente para a água e execução para a frente)- O atleta fica de frente  para o trampolim e faz uma série de rotações em direção à água.

·        Grupo II-  De costas (saída de costas para a água e execução para trás)- Os saltos neste grupo começam com o atleta  no final do trampolim  de costas para a água. A direção da rotação é sempre para longe a partir da plataforma.

·        Grupo III-  Reverso (saída de frente para a água e execução para trás)- Começam com o atleta voltado para a frente do trampolim  e terminam com uma rotação em direção à plataforma.

·        Grupo IV-  Para dentro (saída de costas para a água e execução para frente) - O atleta fica no fim da plataforma e realiza uma rotação em direção do trampolim (movimento oposto ao do salto 2).

·        Grupo V– Giro (giro do corpo em torno de seu eixo longitudinal, independentemente do tipo de saída)  – Todos os saltos com giros se incluem neste grupo; estes podem ser para frente, para trás, reverso e para dentro.

·        Grupo VI– Equilíbrio (saída em parada de mãos) - O atleta se equilibra de cabeça para baixo na beira da plataforma antes de executar o salto.

No ar, a posição do corpo pode ser Esticada, Carpada ou Grupada. Na posição ‘esticada’ os pés devem estar juntos com as pontas esticadas e o corpo não pode estar flexionado na cintura, nos joelhos e nem nos braços. Na posição ‘carpada’ o corpo deve estar flexionado na cintura, mas as pernas e o pés devem estar bem estendidos. E na posição ‘grupada’ o corpo inteiro se flexiona, com joelhos e ponta dos pés juntos.
JULGAMENTO DO SALTO:

É difícil julgar um salto porque muitas sutilezas estão envolvidas, como estilo. É por isso que muitas pessoas são chamadas apara avaliar, tentando manter o resultado o mais justo possível.
Ao se classificar um salto, todas as suas etapas são levadas em conta. São:
Aproximação: Deve ser macia mas com força, mostrando boa forma.
Partida: Deve mostrar controle e equilíbrio, além do ângulo correto de “aterrissagem” e partida para o tipo de salto adotado.
Elevação: O impulso e a altura que o atleta atingem são muito importantes. Um salto mais alto predispõe maior maciez de movimento.
Execução: É o mais importante, já que é o salto. O juiz observa a performance mecânica, técnica, forma e graça.
Entrada: É muito significativa pois é a última coisa que o juiz vê e que melhor se lembra. Os dois critérios a serem avaliados são o ângulo de entrada, que deve ser próximo ao vertical, e a quantidade de água espalhada, que deve ser a mínima possível.

Após cada salto o árbitro faz um sinal aos juizes com o apito. Os juizes, que não se comunicam uns com os outros, imediatamente mostram suas notas. Um salto é cotado entre zero e dez pontos com um ponto ou menos colocado por cada juiz. A lista das notas e dos significados:
·        0 – Completo fracasso
·        0,5 - 2 - Insatisfatório
·        2,5 – 4,5 - Deficiente
·        5-6 - Satisfatório
·        6,5 - 8 - Bom
·        8,5 - 10 – Muito bom
Depois de apresentadas as notas, a mais alta e a mais baixa são eliminadas. O restante é somado e multiplicado pelo grau de dificuldade do salto.
Exemplo: Um saltador recebe as seguintes notas: 6 ; 5,5 ; 5 ; 4. O 6 e 4 são jogados fora. A soma do restante totaliza 15. Depois, façamos de conta que o salto tenha o grau de dificuldade 2,0. Assim teremos 15 x 2,0 que é igual a nota do atleta, 30,0.

Como surgiu o salto com vara...


Uma das modalidades mais difíceis do atletismo, ela consiste em usar uma vara flexível para se alçar ao ar e passar por cima de uma barra – tecnicamente chamada de fasquia ou sarrafo. As varas, atualmente, são feitas de fibra de carbono – indicadas para atletas mais rápidos, pois tem retorno mais rápido da envergadura – ou de fibras de vidro – estas indicadas mais os saltadores mais lentos.
O problema que aconteceu com Murer em Pequim foi o sumiço de uma de suas varas quando ela se preparava para dar seu segundo salto. Os atletas podem saltar no máximo três vezes para cada altura, mas caso já tenham ultrapassado a marca podem passar para a altura seguinte. As varas tem entre 5 e 6 metros, pertencem aos atletas e são usadas 5 delas durante a competição.
Fonte: Terra
A pista da prova tem deve ter 45m, e os atletas correm com a vara nas mãos. Essa é a primeira parte da prova, e uma das mais importantes, pois o número de passadas que o atleta dá durantre a corrida influencia na velocidade com que chegará ao momento do salto. As mulheres costumam dar 16 passadas, enquanto os homens dão cerca de 18 ou 20. A segunda parte da prova é quando o saltador, então, põe a vara em uma caixa de apoio de 20cm de profundidade e se alça para cima, sendo projetado sobre o sarrafo pela energia elástica acumulada pela vara. Aí, ocorre a fase aérea e a acrobática: na primeira, o atleta se joga para o alto, e na segunda, gira o eixo da vara para inverter a posição do corpo e passar pelo sarrafo, caindo depois de costas para o chão.
A prática surgiu na Europa, quando alguns homens descobriram a técnica de usar uma vara para cruzar obstáculos, como canais de ‘água por exemplo. Como esporte, já era disputado no masculino desde o início do século XIX, sendo que esteve presente na primeira Olimpíada da era moderna, disputada em Atenas em 1896. Por muito tempo, entendia-se que as mulheres não teriam a força suficiente para executar os movimentos, de modo que a prova feminina só passou a ser disputada em Olimpíadas a partir de 2000. Desde então, o principal nome do esporte é a russa Yelena Isinbayeva, que soma 26 recordes mundias, o último deles estabelecido em Pequim, com a marca de 5,05m. O primeiro recorde da prova, de 1992, era de 4,07m. No masculino, o grande nome da história é o ucraniano Sergei Bubka, que saltou 6,14m em 1994. Desde então, o feminino superou o masculino em termos de visibilidade, muito graças às performances de Isinbayeva e seu poder de marketing, potencializado pela sua forma física e beleza.
Muitas das saltadoras são ex-ginastas. O salto com vara envolve velocidade, coordenação e flexibilidade, e os últimos dois requisitos são muito bem trabalhados na ginástica artística. Não é a toa que tanto Isinbayeva como Murer foram ginastas na infância. A grande diferença é que, ao contrário das ginastas, as saltadoras são altas e magras. O treinamento do salto com vara envolve saltos, corrida, muita ginástica e musculação.

Como surgiu o salto em altura...


Desde o século XIX a.C., que se realizavam os jogos de Taiti (nome de uma aldeia do condado de Meath). Destes jogos faziam parte lançamentos e saltos, entre os quais se fazia referência ao salto em altura.·
O salto em altura, propriamente dito, apenas se pratica desde o século XIX. Os escoceses, irlandeses e ingleses foram os primeiros atletas com resultados notáveis para a época. As técnicas básicas de execução do salto em altura foram evoluindo ao longo dos tempos, fruto da investigação, das condições técnicas, da zona de queda e das normas impostas pelo regulamento técnico de atletismo.

Inicialmente empregou-se o estilo de montada (escarranchado, com o corpo erguido); seguiu-se o estilo tesoura, chamado assim pelo seu característico movimento de pernas; posteriormente utilizou-se o estilo de rotação ventral, em que a fasquia fica por baixo do tórax, efectuando o atleta um movimento giratório ao redor do eixo longitudinal do seu corpo, na actualidade emprega-se o estilo Fosbury Flop (de costas para a fasquia) o qual surgiu pela primeira vez nos Jogo Olímpicos do México em 1968, com um atleta norte-americano de nome Dick Fosbury, que com uma técnica até então nunca vista conquistou a medalha de ouro.

Esta técnica mundialmente conhecida foi evoluindo até à actualidade, sendo hoje utilizada pela grande maioria dos saltadores.

Evolução das marcas:

O salto em altura, nos últimos anos, experimentou uma grande progressão, não só pelo nível de marcas obtidas mas também pela evolução da metodologia de treino, pela captação de indivíduos para esta prova e pela evolução técnica para atingir um maior rendimento. Até ao ano de 1968, praticamente não houve evolução no que diz respeito aos resultados e, além do mais, verifica-se uma grande diferença entre o melhor saltador e a melhor saltadora. A partir do ano de 1968, com o aparecimento da técnica que se denomina actualmente de Fosbury Flop, praticamente os resultados tiveram uma progressão contínua, em curtos intervalos de tempo, até aos dias de hoje. A partir do ano de 1973, à excepção dos anos de 1977 e 1978, o recorde sempre esteve nas mãos da técnica de Fosbury Flop. Por outro lado, hoje em dia seria um dado pitoresco e talvez mesmo anedótico encontrar um saltador que utilize outra técnica. Na alta competição há já 40 anos que não aparece nenhum atleta que utilize uma técnica distinta.

Regras

A primeira altura a saltar é determinada pelos organizadores e juízes de uma competição oficial. Os atletas saltam por turnos e têm três chances de superar essa marca sem derrubar a partida. Após um primeiro salto bem sucedido, são os próprios atletas que decidem que alturam vão saltar de seguida. À medida que o atleta vai conseguindo superar as marcas sem derrubar a fasquia, a altura sobe tipicamente em incrementos de 3 a 5 cm. Quem fracassa após três tentativas é eliminado. Para efeitos de desempate, contam o número de tentativas efectuadas antes de superar uma dada marca. Por exemplo, o atleta que supera 1,80m à primeira, ficará à frente do que supera 1,80m à segunda tentativa.
A fasquia é uma barra de fibra de vidro ou alumínio, de peso determinado e com cerca de quatro metros de comprimento. A secção da barra é normalmente circular, mas pode também ser quadrada ou triangular. A fasquia é suportada por dois postes verticais. Por detrás da fasquia encontra-se uma zona de queda, revestida de um material que ampara a queda do saltador. O saltador pode fazer uma corrida de balanço, normalmente cerca de 20 metros, até à fasquia.
O salto é declarado nulo de a fasquia cair. Os atletas podem, no entanto, tocar a fasquia num salto válido, desde que esta não caia do seu suporte.

Tipos de salto


A saltadora Ethel Caterwood supera uma fasquia no estilo tesoura
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Os métodos de salto em altura têm evoluído desde a primeira competição oficial. A primeira técnica conhecida, o estilo tesoura, consiste em fazer uma aproximação à fasquia na diagonal e saltar primeiro com uma perna, depois com o resto do corpo. No início do seculo xx surgiu a técnica conhecida como Eastern cut-off, semelhante à tesoura. A inovação consistia num movimento que dobra as costas sobre a fasquia. O Western roll dominou os jogos de berlim e consiste também num salto inspirado na tesoura, mas onde a perna exterior serve de balanço à passagem do resto do corpo. A evolução seguinte foi a técnica straddle, em que o saltador ultrapassa a fasquia de frente, com o rosto voltado para o chão.
A técnica mais moderna é o flop ou estilo fosbury, onde saltador ultrapassa a fasquia de costas, passando primeiro com os ombros de rosto virado para o céu, depois com o resto do corpo. O criador desse estilo foi o estado unidense Dick Fosbury. Ele saltou 2,24 metros na Olimpíada de 1968, na cidade do mexico, e ficou com a medalha de ouro, embora não tenha batido nenhum recorde mundial. O estilo inovador passou a ser desde então a principal técnica utilizada pelos saltadores até os dias actuais.
A introdução de cada uma destas técnicas resultou sempre em novas subidas do recorde mundial.