sábado, 7 de janeiro de 2012

Como surgiu o ciclismo....



Ciclismo


O ciclismo surgiu praticamente com a primeira bicicleta que poderia levar seu nome. Em 1842, seu inventor, o escocês Kirkpatrick MacMillan, que teve o mérito de aplicar à roda motriz uma engrenagem que fazia girar, apostou com um cocheiro que faria o percurso Glasgow-Carliste mais depressa do que a carruagem. E ganhou.
Tataraciclistas?!
Tataraciclistas?!
Mas a história do ciclismo – condicionada à história de evolução da bicicleta – só começaria a partir de 1855, quando Ernest Michaux, considerado pelos franceses como o inventor da bicicleta, introduziu o pedal. Quatorze anos depois, foi realizada a primeira grande prova de ciclismo, no trajeto Paris – Rouen (123 Km), vencida pelo inglês James Moore, na incrível média horária de 12 km/h (!!!). Outros marcos importantes para o desenvolvimento do ciclismo forma introdução do pneumático, em 1888, pelo irlandês John-Boyd Dunlop, e a criação dos pneus removíveis pelos irmãos Michelin.
Velódromo da EEFEUSP - São Paulo
Velódromo da EEFEUSP - São Paulo
Em 1890, quando foi construído em Paris o primeiro velódromo, já havia cinco mil ciclistas somente na França. Três anos depois, Henry Desgranges estabeleceu o primeiro recorde mundial da hora no velódromo, com 35,325 Km. E o próprio Desgranges, depois de abandonar a pista, criou em 1903 o "Tour de France", a competição Ciclística de estrada mais importante do mundo. Seu primeiro traçado, de 2.428 Km, tinha seis etapas: Lyon, Marseille, Toulouse, Bordeaux e Paris. O vencedor entre os 60 ciclistas (só 21 conseguiram atingir a linha de chegada). Foi Maurice Garin, de apenas 1,63m de altura e 61 quilos , que chegou com uma vantagem de 2 horas e 49 minutos, sobre o segundo colocado, correndo uma média de 25,283 Km/h. Desde então o "Tour de France" só foi interrompido durante as duas Grande Guerras. Em 1975 foi assistida por um público calculado em 18 milhões de pessoas distribuídas ao longo de todo o percurso (400 mil espectadores somente em Paris). No calendário do ciclismo, a Segunda prova mais importante é o Giro d´Itália seguidos da Vuelta a Espanha, da volta de Portugal e de outras competições realizadas periodicamente na França, Itália, na Bélgica, na Suiça, na Alemanha etc.
Atualmente o ciclismo é um esporte nacional na França e dos mais populares em quase toda a Europa, em alguns casos até superior ao tão difundido futebol. No Japão, onde só começou a ser organizado nas últimas décadas, a paixão pelo ciclismo dei um salto vertiginoso, ultrapassando o beisebol em popularidade. Em 1972 as competições nos 51 velódromos japoneses (que são verdadeiros estádios), foram assistidas por mais de 50 milhões de pessoas, em toda a temporada. Na América Latina o ciclismo é bastante popular no Uruguai, Chile, México e principalmente na Colômbia cujo os ciclistas conseguem participar das grandes provas européias. No Brasil, o ciclismo surgiu junto com o futebol em fim do século passado e com bastante força: em 1895 foi construído um velódromo bem precário no Parque do Ibirapuera em (hoje eliminado) realizando-se a primeira prova em sua inauguração. Em 1933 a "Gazeta Esportiva" de São Paulo promoveu a primeira "9 de Julho" que, a partir de 1947 assumiu caráter internacional, sendo conhecida como Volta do Brasil. Internacionalmente o Brasil começou a aparecer em 1904, quando Antônio Prado Júnior conseguiu a sexta colocação no Campeonato Mundial de velocidade.
Os últimos Campeonatos brasileiros da disciplina foram realizados especialmente contando com a colaboração da Federação Paulista junto às Olimpíadas do Exército. Em 1975 foi finalmente inaugurado um Velódromo, na Cidade Universitária de São Paulo, entretanto suas medidas não obedecem as especificações técnicas da UCI – União Ciclística Internacional, órgão que orienta e controla o esporte ciclístico em todo o mundo.
É importante frisar que a Federação Paulista de Ciclismo, ponta de lança de todo o ciclismo brasileiro, foi fundada pelo comandante Amadeu Saraiva, do "pai da aviação" Alberto Santos Dumont, no ano de 1925, tendo sido festejada esta importante efeméride histórica em São Bernardo do Campo em 1975. Neste sintético histórico do ciclismo brasileiro vale lembrar que na década de 70, o benemérito jornal "A Gazeta Esportiva", de São Paulo promoveu bem, sete edições da Volta Ciclística Internacional" por etapas, contando com patrocinadores de primeiras linhas, sob o competente comando do jornalista Aurélio Bellotti. Iniciativa extraordinária que, todavia, teve a vida efêmera, sendo interrompida pela ausência de seu criador por motivo de saúde.
Cabe mencionar que, especialmente neste ano de 2004, o Ciclismo vem aparecendo mais no Brasil. Diversas provas serão realizadas, inclusive provas reconhecidas pela UCI. Este fato não só chama a atenção do público como também ajuda os atletas a conseguir patrocínio, que é uma das maiores dificuldades hoje. Nesta rara oportunidade de relembrar o ciclismo em seu perfil mais humano, os historiadores e críticos apontam como fora de série: o italiano Fausto Coppi, o francês Jacques Nquetil e o belga Eddy Mercks. Coppi (1919-1960) entre outros títulos conquistou o campeonato do mundo em 1953. Foi campeão do mundo em perseguição individual em 1947 e 1949. Conseguiu o recorde da hora (42,871 Km) em 1942. Venceu o "Giro d´Itália em 1940, 1947, 1949, 1952 e 1953.
O "Tour de France" em 1949 e 1952. Anquetil (1934) foi campeão dos amadores da França em 1953, conseguiu o recorde da hora (46,159 Km), em 1956, venceu o "Tour de France" por cinco vezes: 1957, 1961, 1962, 1963 e 1964 e o "Giro d´Itália em 1960 e 1964. Eddy Merckx, por sua vez foi considerado o super campeão de todos os tempos: três vezes campeão do mundo de estrada, conquistou por cinco vezes "Tour de France", "Giro d´Itália", sendo detentor do recorde da hora com 49,431 Km/h, recorde obtido no velódromo do México. Em determinadas competições internacionais ele descia, após escaladas íngremes, à fantástica velocidade de 100 Km/h, recuperando assim, perigosamente, o tempo perdido nas escaladas.
Fausto Coppi
Fausto Coppi
Esta síntese do ciclismo limita-se a relembrar os dificílimos inícios das competições, especialmente nas estradas e velódromos europeus. Todavia, hoje em dia, com a notável melhoria das estradas, da relevante participação de patrocinadores de renome mundial, do crescente interesse do público e dos fantásticos valores econômicos que envolve, o ciclismo vem atingindo ponta máxima das movimentações de profissionais enriquecendo o mercado de empregos. Na realidade o panorama global do ciclismo envolve: indústrias Ciclísticas cada vez mais sofisticada, medicina esportiva específica, nutrição balanceada para compensar o esforço do atleta, cronometragens eletrônicas, logística complexa, helicópteros de apoio técnico, reportagens especializadas, etc.

Como será o futuro do Ciclismo?
Os especialistas esportivos apontam o ciclismo como o esporte de massa em grande expansão especialmente nos países integrantes da união Européia. Certamente será grande encontro da juventude esportiva nas embates de alto nível deste milênio.

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