O iatismo é um esporte náutico, praticado com barcos à vela, que competem em regatas ou em cruzeiros, podendo, igualmente, ser utilizados para competições e para navegação de recreio das mais variadas formas.
No século XVIII surgiu a prática do
Iatismo como atividade de recreio. Inicialmente, iatismo de cruzeiro,
seguindo-se as corridas de regatas, das quais, uma das primeiras foi a
“Taça América”. Com o desenvolvimento técnico natural, surgiram as
regulamentações e com elas as divisões em séries e classes. Com a maior
difusão do esporte a vela, o iatismo galgou o foro olímpico. O iatismo
também se aperfeiçoou no sentido de se obter a construção de barcos mais
leves, de pequenas toneladas, especialmente a partir da segunda guerra
mundial, ficando os de média toneladas ou iates de cruzeiro reservados
para regatas de longa distância. Surgiu posteriormente o iatismo a
motor.
A origem do iatismo presume-se ter
ocorrido na Holanda, apesar de ter sido a Inglaterra o primeiro País a
instituir tal prática como modalidade esportiva. O primeiro clube de
iatismo, Cork-Harbour Water Club, hoje Royal Cork Yacht Club, foi
instituído na Irlanda e a primeira regata, provavelmente, foi realizada
no ano de 1749, com o percurso Greenwich a Nore, quando foi disputada
uma Taça de Prata, ofertada pelo então Príncipe Jorge e posteriormente
Rei Jorge III.
O iatismo se difundiu pelo mundo e, em
1811, foi fundado em Nova York, o Knicker-Bocker Clube, que teve vida
efêmera, apenas um ano. Entretanto, a bordo do Iate Gimcrack, foi
fundado o New York Yatch Club que, de fato, se constituiu na mola
propulsora do iatismo nos Estados Unidos, País onde mais se desenvolveu a
modalidade, mantendo até hoje, a liderança internacional. Hoje
praticamente desapareceram as grandes escunas. O iatismo oceânico
apresenta barcos de dimensões que variam de 10 a 15 metros de
comprimento, predominando, os pequenos iates com comprimento médio de 6
metros.
As regatas, que tanto podem ser de
oceano (porto a porto), como águas abrigadas (percursos fechados,
triangulares e retilíneos), obedecem às regras do Internacional Yacht
Racing Union. Nas regatas oceânicas utilizam-se barcos diferenciados,
embora obedeçam a um padrão de “hamdicaps” para igualar as
possibilidades dos concorrentes. Nas regatas de águas abrigadas são
geralmente utilizadas barcos monotipos, organizando-se as competições
dos diferentes tipos em grupos, através das associações de classe
“Shipe” as de maior difusão, seguida da de “Lightining” vindo em
seqüência a de “Star”.
Nos Jogos Olímpicos, o iatismo figura
com as classes 5,5 R.I., Star, Dragão, Flying Dutchman e Finn. No Brasil
o iatismo foi introduzido pelos europeus ainda no século XIX e o
primeiro clube foi fundado em 1906, o Iate Clube Brasileiro do Rio de
Janeiro, seguindo-se posteriormente a fundação do Iate Clube do Rio de
Janeiro e de Associações idênticas em São Paulo e no Rio Grande do Sul.
Em 1934 foi fundada a primeira entidade de direção do iatismo que se
denominou Liga Carioca de Vela e, no mesmo ano, apareceu a Federação
Brasileira de Vela e Motor. Adequando-se ao modelo do sistema esportivo
pátrio, surgiu a Confederação Brasileira de Vela e Motor em 1941. Os
primeiros monotipos que figuram nas regatas brasileiras são os das
classes Snipe, Star, Lightining e Pinguins.
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