quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Como surgiu o salto em altura...


Desde o século XIX a.C., que se realizavam os jogos de Taiti (nome de uma aldeia do condado de Meath). Destes jogos faziam parte lançamentos e saltos, entre os quais se fazia referência ao salto em altura.·
O salto em altura, propriamente dito, apenas se pratica desde o século XIX. Os escoceses, irlandeses e ingleses foram os primeiros atletas com resultados notáveis para a época. As técnicas básicas de execução do salto em altura foram evoluindo ao longo dos tempos, fruto da investigação, das condições técnicas, da zona de queda e das normas impostas pelo regulamento técnico de atletismo.

Inicialmente empregou-se o estilo de montada (escarranchado, com o corpo erguido); seguiu-se o estilo tesoura, chamado assim pelo seu característico movimento de pernas; posteriormente utilizou-se o estilo de rotação ventral, em que a fasquia fica por baixo do tórax, efectuando o atleta um movimento giratório ao redor do eixo longitudinal do seu corpo, na actualidade emprega-se o estilo Fosbury Flop (de costas para a fasquia) o qual surgiu pela primeira vez nos Jogo Olímpicos do México em 1968, com um atleta norte-americano de nome Dick Fosbury, que com uma técnica até então nunca vista conquistou a medalha de ouro.

Esta técnica mundialmente conhecida foi evoluindo até à actualidade, sendo hoje utilizada pela grande maioria dos saltadores.

Evolução das marcas:

O salto em altura, nos últimos anos, experimentou uma grande progressão, não só pelo nível de marcas obtidas mas também pela evolução da metodologia de treino, pela captação de indivíduos para esta prova e pela evolução técnica para atingir um maior rendimento. Até ao ano de 1968, praticamente não houve evolução no que diz respeito aos resultados e, além do mais, verifica-se uma grande diferença entre o melhor saltador e a melhor saltadora. A partir do ano de 1968, com o aparecimento da técnica que se denomina actualmente de Fosbury Flop, praticamente os resultados tiveram uma progressão contínua, em curtos intervalos de tempo, até aos dias de hoje. A partir do ano de 1973, à excepção dos anos de 1977 e 1978, o recorde sempre esteve nas mãos da técnica de Fosbury Flop. Por outro lado, hoje em dia seria um dado pitoresco e talvez mesmo anedótico encontrar um saltador que utilize outra técnica. Na alta competição há já 40 anos que não aparece nenhum atleta que utilize uma técnica distinta.

Regras

A primeira altura a saltar é determinada pelos organizadores e juízes de uma competição oficial. Os atletas saltam por turnos e têm três chances de superar essa marca sem derrubar a partida. Após um primeiro salto bem sucedido, são os próprios atletas que decidem que alturam vão saltar de seguida. À medida que o atleta vai conseguindo superar as marcas sem derrubar a fasquia, a altura sobe tipicamente em incrementos de 3 a 5 cm. Quem fracassa após três tentativas é eliminado. Para efeitos de desempate, contam o número de tentativas efectuadas antes de superar uma dada marca. Por exemplo, o atleta que supera 1,80m à primeira, ficará à frente do que supera 1,80m à segunda tentativa.
A fasquia é uma barra de fibra de vidro ou alumínio, de peso determinado e com cerca de quatro metros de comprimento. A secção da barra é normalmente circular, mas pode também ser quadrada ou triangular. A fasquia é suportada por dois postes verticais. Por detrás da fasquia encontra-se uma zona de queda, revestida de um material que ampara a queda do saltador. O saltador pode fazer uma corrida de balanço, normalmente cerca de 20 metros, até à fasquia.
O salto é declarado nulo de a fasquia cair. Os atletas podem, no entanto, tocar a fasquia num salto válido, desde que esta não caia do seu suporte.

Tipos de salto


A saltadora Ethel Caterwood supera uma fasquia no estilo tesoura
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Os métodos de salto em altura têm evoluído desde a primeira competição oficial. A primeira técnica conhecida, o estilo tesoura, consiste em fazer uma aproximação à fasquia na diagonal e saltar primeiro com uma perna, depois com o resto do corpo. No início do seculo xx surgiu a técnica conhecida como Eastern cut-off, semelhante à tesoura. A inovação consistia num movimento que dobra as costas sobre a fasquia. O Western roll dominou os jogos de berlim e consiste também num salto inspirado na tesoura, mas onde a perna exterior serve de balanço à passagem do resto do corpo. A evolução seguinte foi a técnica straddle, em que o saltador ultrapassa a fasquia de frente, com o rosto voltado para o chão.
A técnica mais moderna é o flop ou estilo fosbury, onde saltador ultrapassa a fasquia de costas, passando primeiro com os ombros de rosto virado para o céu, depois com o resto do corpo. O criador desse estilo foi o estado unidense Dick Fosbury. Ele saltou 2,24 metros na Olimpíada de 1968, na cidade do mexico, e ficou com a medalha de ouro, embora não tenha batido nenhum recorde mundial. O estilo inovador passou a ser desde então a principal técnica utilizada pelos saltadores até os dias actuais.
A introdução de cada uma destas técnicas resultou sempre em novas subidas do recorde mundial.

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